Coluna do dia

Semana decisiva

Semana decisiva

O sinal vermelho está aceso no governo do Estado, que deseja aprovar, nesta semana derradeira, o projeto que muda a tabela salarial dos professores estaduais. A luz acendeu porque durante o fim de semana  o presidente da Assembleia, Gelson Merísio, aliado e correligionário do governador, declarou publicamente que pode não agendar a votação para hoje.

Mas o governo tem pressa. A situação do Magistério é uma bomba-relógio. Se a matéria não for aprovada neste fim de ano, o piso salarial para os professores passa a vigorar com reajuste de 11% já em janeiro de 2016. Ou seja, a tabela salarial será ainda mais achatada, pressionando o caixa estadual, pois todos os educadores que estiverem recebendo abaixo do piso vão ter direito à majoração nos vencimentos até o patamar mínimo.

O Executivo calcula que, sem a descompactação da tabela salarial, o impacto será de R$ 150 milhões por ano até 2018, totalizando R$ 450 milhões a mais naquilo que o governo precisa desembolsar para honrar a folha do magistério pelos próximos três anos. De quebra, o governo sinaliza que, se a descompactação não for aprovada ainda em 2015, nesta gestão não será mais envaido projeto de lei neste sentido à Alesc.

 

 

 

 

Contras

De ontem, segunda, até hoje (terça), muitas conversas entre o Centro Administrativo e a base aliada na Assembleia estavam previstas. Na verdade, Gelson Merísio declarou que talvez não paute a proposta que descompacta a tabela salarial do magistério porque está percebendo um risco de derrota iminente.

 

 

 

 

Clima

Vários deputados que tem sido fieis a Raimundo Colombo estão desconfortáveis com o projeto. A pressão é grande. Merísio está sabendo da grande insatisfação na base. Se segurar o projeto e não leva-lo plenário, é porque estará certo da possibilidade de derrota governista na Alesc.

 

 

 

Sem fôlego

A baixa presença de público nas manifestações de rua no domingo, evidencia que o brasileiro quer mais é terminar este 2015. O povo parece sem fôlego, cansado mesmo. Esse desgaste se associa ao retorno do clima mais quente e estável, meteorologicamente falando. Inclusive com a presença do sol.

 

 

Esperança

A tibieza das manifestações animou o Planalto. O fato de haver menos pressão sobre deputados e senadores, que costumam se movimentar observando a temperatura das ruas, traz um alívio ao governo. E Dilma Rousseff renova esperanças de seguir no Planalto.

 

 

 

DEM a favor

Presidente do DEM de Brusque, Jones Bósio, lançou nota, em nome da legenda, declarando-se favorável ao impeachment da presidente da República. O dirigente fez questão de frisar que a seção municipal do partido está seguindo a  mesma linha do diretório nacional do Democratas.

 

 

 

 

Pautas tensas

Expectativa nos meios políticos, jurídicos e empresariais para esta que é praticamente a última semana do ano. Nesta terça-feira, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devem avaliar o recurso de Dilma Rousseff, contrário à reabertura do processo de cassação dos mandatos dela e do vice-presidente, Michel Temer. Isso na corte eleitoral.

Já no Supremo Tribunal Federal (STF), os olhos estão voltados acerca do posicionamento da suprema corte sobre o rito do processo de impeachment, que já foi aceito e tem comissão especial formada na Câmara para sua apreciação.

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