A semana promete ser quente, decisiva, tanto na Assembleia Legislativa como no Congresso Nacional. Na Alesc, deve ir à votação o SCPrev, o Fundo Complementar de Previdência, além de discussões em torno de outros temas polêmicos, como a elevação da alíquota de contribuição previdenciária e o plano de cargos e salários do magistério.
Já em Brasília, o governo corre contra o tempo para votar o ajuste fiscal, sob pena de a gestão Dilma Rousseff descumprir a meta, o que seria uma nova pedalada do Planalto nas contas públicas. A petista precisa aprovar a nova meta de déficit primário, de R$ 199,9 bilhões. Caso contrário, terá que apresentar ao TCU um superávit de R$ 55 bilhões, algo impossível no contexto atual. O descumprimento fragilizaria ainda mais a atual administração federal.
Também está na pauta a apreciação do pedido de cassação de Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara e a entrada de outra petição neste sentido. Só que no Senado, solicitando a degola do senador Delcídio do Amaral. E o país? Bom, segue no atoleiro, sem previsão de término para este traumático 2015.
Maioria
Voltando à Alesc, Raimundo Colombo colocará, novamente, sua base parlamentar à prova no decorrer da semana. Nas últimas votações, levou todas.
Guilhotina
Já no Congresso, se houver um mínimo de bom senso e responsabilidade, tanto Eduardo Cunha quanto Delcídio do Amaral serão cassados.
Inovação
Barrado nas eleições de 2012 pela Lei da Ficha Limpa, o ex-prefeito de Campo Erê apresentou reclamação contra a norma na Comissão Interamericana de Direito Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Direitos violados
Odilson Vicente de Lima (PSD), o Nego Lima, afirma que a Lei Complementar 135/2010 violou seu direito fundamental e político de candidatura e foi aplicada retroativamente para lhe prejudicar, o que violaria liberdades fixadas no continente pelo Pacto de São José da Costa Rica. Os advogados Ruy Samuel Espíndola e Marcelo Ramos Peregrino subscrevem a reclamação.
Guerra caseira
Um encontro com mais de 700 peemedebistas e líderes estaduais do PMDB catarinense, em Itajaí, consolidou o nome do ex-deputado Volnei Morastoni como pré-candidato do partido no município. O presidente estadual da sigla, deputado Mauro Mariani, o senador Dário Berger, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça, os deputados Valdir Cobalchini, Dalmo Claro e Dirce Heiderscheidt, o prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito, entre outros líderes estaduais e regionais, hipotecaram integral apoio ao projeto partidário.
Reconstrução
Para Mauro Mariani, o partido precisa de nova direção na cidade, que tem o maior PIB de SC. “Nós vamos refazer e reconstruir a história de nosso partido na cidade, por isso hoje o diretório estadual está aqui para dizer que o projeto do PMDB de Santa Catarina, para Itajaí, é Volnei Morastoni. Quem é PMDB, é Volnei. Contem com nosso apoio incondicional para que façamos uma grande eleição”, espetou o líder peemedebista.
Sanguessugas
Impressionante como alguns parlamentares catarinenses conseguem permanecer “aliados” a Dilma Rousseff, mantendo cargos federais generosos em SC, e ainda assim circularem como se nada tivessem a ver com o caos instalado no país.