Manchete

Sempre a mesma coisa

A história se repete. Esses sindicalistas não tomam jeito mesmo. Após os 14 anos do PT e agora com a volta de Lula, os dirigentes do PCdoB, do PT e dos demais alinhados de sempre estão em movimentos grevistas. A greve mais recente ocorreu na educação em Santa Catarina, uma paralisação que já havia sido tentada no ano passado, sem sucesso. Não passou na assembleia da categoria. Os líderes sindicais foram derrotados, mas, com as eleições de 2024 se aproximando, eles não perderam a oportunidade de organizar outra tentativa, reunindo seu grupo para obter maioria, algo que não conseguiram anteriormente.
Este ano, conseguiram viabilizar a paralisação, que foi descrita como fraca. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) anunciou que apenas 30% dos professores aderiram. Sem dúvida, essa greve não deve durar mais de dois dias e tem tudo para fracassar. Acertadamente, o governo planeja negociar com os professores que não se deixam usar como massa de manobra para não comprometer o ano letivo.
Eles vêm com uma pauta de reivindicações, mas, no fundo, o que realmente querem é apenas provocar greves e, se possível, obter algum aumento salarial.

De olho no voto

O objetivo maior é influenciar as eleições nos grandes municípios e principais conglomerados urbanos como Joinville, Blumenau, Lages, Criciúma, Itajaí, Jaraguá do Sul e Camboriú, sendo que em Florianópolis eles têm candidatos como Marquito de Abreu do PSOL e possivelmente uma candidatura do PT. O PSDB, com Dário Berger, busca desestabilizar a reeleição do atual prefeito Topázio Neto.

Surrada

É uma estratégia tradicional, mas vamos observar como os acontecimentos se desenrolam, pois, os tempos são outros.

Visibilidade

Diferentemente das décadas de 80 e 90, quando Ideli Salvatti liderava o sindicato e depois se elegeu deputada estadual e senadora em 2002 com mais de um milhão de votos, hoje a sociedade tem uma visão diferente.

Respingos

Não se pode descartar que paralisações como estas acabem prejudicando as candidaturas de esquerda, o que o colunista considera improvável, pois o governo pretende negociar diretamente com os professores que estão paralisados sem viés político.

Ano letivo

Esses, por sua vez, devem voltar ao trabalho. De qualquer forma, é uma situação que o governo de Jorginho Mello terá que enfrentar em sua primeira paralisação funcional.

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