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Senadores de SC citados em delações

Quando estourou a bomba da Odebrecht e suas 77 delações, um dos citados foi o senador catarinense Dalirio Beber. Ele teria, segundo a denúncia, que foi rechaçada com veemência pelo tucano, articulado propina de R$ 500 mil para a campanha em Blumenau. Agora na explosão da bomba atômica da JBS, as chamuscas chegaram aos outros dois catarinenses na Câmara Alta: Dário Berger e Paulo Bauer.

PMDB e PSDB

Nos bastidores, tinha peemedebista comemorando o fato de nenhum expoente do Manda Brasa ter sido alcançado por delações. Pois é. Dário Berger, além de senador, é uma das opções do partido para a cabeça de chapa em 2018. O discurso começa a desmoronar. Os tucanos de SC já tinham sido alvejados em parte pela Odebrecht. Mas agora os estilhaços atingem o principal nome da legenda com vistas a 2018.

Recall

Paulo Bauer por muito pouco não foi ao segundo turno em 2014 e ganhou visibilidade com a liderança da bancada tucana no Senado. Ele também rechaça as informações do delator, assim como o próprio Dário Berger, que prefere só se manifestar nos autos. Resta saber como essas questões vão ser encaminhadas, se vão ou evoluir ou não, e como a sociedade vai reagir a tudo o que vem ocorrendo. O mesmo raciocínio vale para o PSD, PP, e outros.

Arco da Velha

O caso de Dário Berger é o do arco da velha. Segundo delator, o notório Renan Calheiros teria articulado o repasse de R$ 1 milhão ao senador para que ele votasse contra o conterrâneo e correligionário Luiz Henrique da Silveira, quando LHS disputava a presidência do Senado com o alagoano. Dá pra imaginar como deve estar reagindo a turma do Manda Brasa nas internas. 

Defesa

Já Paulo Bauer soltou uma nota contundente, rebatendo de pronto a acusação. Confira:

“Acerca da notícia de que a empresa JBS realizou contribuição para a minha campanha eleitoral de 2010 ao Senado, informo:

“1 – A empresa JBS contribuiu para aquela campanha com R$ 100 mil de forma oficial e legal, de acordo com a Legislação Eleitoral vigente à época;

“2 – A doação ocorreu em razão de solicitação feita por lideranças nacionais do PSDB à empresa em favor de diversos candidatos do partido em vários estados do país;

“3 – O valor consta da Prestação de Contas que fiz ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina que foi aprovada por aquela Corte Eleitoral; 

“4 – Manifesto absoluta e categoricamente que em nenhuma circunstância ou possibilidade ocorreu qualquer contribuição financeira, sem base legal, em favor daquela campanha eleitoral;

“5 – informo que, jamais, antes, durante ou depois da campanha de 2010, mantive contato com a JBS através de seus dirigentes ou representantes para oferecer meus préstimos ou solicitar qualquer tipo de favor, benefício ou atenções para assuntos privados ou públicos; aliás, nunca conheci os irmãos proprietários daquele grupo empresarial;

“6 – Causa perplexidade a informação produzida pelos delatores da JBS de que aquela empresa tenha destinado recursos para minha e outras campanhas de candidatos do PSDB utilizando-se da empresa Projeto Consultoria Financeira e Econômica LTDA, com sede em São Paulo (SP), inscrita no CNPJ/MF sob o número 08.432.773/0001-59 visto que o sócio principal da mesma, conforme informações apuradas hoje junto ao Ministério da Fazenda, é o presidiário Antônio Palocci Filho, ex-ministro dos governos Lula e Dilma e liderança histórica do Partido dos Trabalhadores  ao qual o PSDB fez e faz oposição.

“7 – Refuto todas e quaisquer informações prestadas por delatores que pretendam ofender minha honra, questionar a legalidade dos meus atos ou me constranger perante a sociedade, principalmente os mui dignos eleitores catarinenses.

“8 – Coloco-me à disposição de qualquer instância policial e judicial, oferecendo a quebra dos meus sigilos bancário, fiscal, financeiro e telefônico para quaisquer investigações que se fizerem necessárias. 

“9 – Não será por meio de acusações infundadas que delatores criminosos amenizarão as eventuais penalidades que a Justiça brasileira deva lhes imputar.”

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