Sérgio Guimarães vota contra aumento de verba indenizatória a oficiais da casa militar do governo
Durante a votação da Conversão em Lei da Medida Provisória do governo do Estado, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o Deputado Estadual, Sérgio Guimarães (UNIÃO) votou contra o artigo que assegurava verba indenizatória aos militares que atuam na casa militar do governo catarinense. De acordo com o parlamentar, hoje são cerca de 9 mil policiais militares em atividade no Estado e não seria justo conceder um aumento tão alto a tão poucos.
Conforme a proposta do poder executivo, um tenente-coronel que ocupa o cargo de confiança recebe hoje de benefício, R$ 4.773,20, com a proposição governamental passaria a receber R$ 14.675,50. O montante é livre de impostos e é um benefício além dos rendimentos já percebidos pelos militares.
Outros exemplos estão os postos de major que passa a receber R$ 13.045,00, capitão R$ 11.414, 50, 1º tenente 10.436,00. Nesses três casos já recebem atualmente o mesmo valor dos tenentes-coronéis. Outras seis patentes que tem como verba extra R$ 2.282,82 também terão reajuste. Subtenente passam para R$ 8 mil, 1º sargento R$ 6.247, 50, 2º sargento R$ 5.310, 50, 3º sargento, R$ 4.514, 00, cabo, R$ 4 mil e soldado de 1ª classe R$ 3,5 mil.
Diante do volume de militares beneficiados que somados entre todas as patentes chega a 76, é que Sérgio Guimarães se pronunciou contrário a esse reajuste. “ Nós estamos aprovando um benefício em que o coronel vai subir de benefício de R$ 4 mil para R$ 14 mil, trabalhando numa casa militar que não tem perigo, que está “sossegado” e o policial que sobe morro, prende criminosos, faça chuva ou faça sol?” Indagou.
Guimarães ainda lembrou que atualmente, a corporação reclama da falta de efetivo, recentemente fechou bases por falta de condições de mantê-las em funcionamento. E declarou que seria incoerência com o que ele defende junto à sociedade. Embora tenha discordado do aumento de benefício a uma parcela tão pequena de policiais militares, o deputado reconheceu a importância dos serviços e defendeu a reforma administrativa. “Eu votei a favor da reforma, com a conversão em Lei das duas Medidas Provisórias, mas não posso concordar com a verba indenizatória a um grupo tão pequeno de militares.” Reforçou.