Blog do Prisco
Coluna do dia

Serra circula como candidato

Serra circula como candidato
Como era de se esperar, o tucano José Serra negou, publicamente, durante sua passagem por Santa Catarina, que possa assumir o Ministério da Fazenda em eventual mandato-tampão do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Nenhum político experiente e em sã consciência assumiria tal condição neste momento. Sua postura, contudo, indica que ele está circulando (a agenda em SC faz parte desse roteiro) com vistas sim ao pleito de 2018, quando poderia tentar a terceira candidatura presidencial.
Em contato com a coluna, o tucano avaliou que o quadro do país é grave, “mas é reversível.” Sem meias palavras, ele afirmou que resolveria a situação. É candidatíssimo e se ver que ficará sem espaço no ninho tucano – algo bem provável – seu destino pode ser mesmo o PMDB do amigo Michel Temer.
O senador paulista também não poupou críticas ao PT e ao governo, a quem culpa pelas graves crises econômica, política e moral, que assolam o país.
Na visão do tucano, “tudo pode acontecer”, inclusive a permanência de Dilma no poder. Ex-presidente da UNE, José Serra também fez questão de frisar que o PSDB não está organizando as manifestações previstas para o domingo, 16. O partido, assegurou, está apenas ajudando a divulgar um sentimento de indignação “espontâneo.”

 

 

Velhos amigos
José Serra e Michel Temer se conhecem desde 1983, quando atuaram na linha de frente do governo Franco Montoro em São Paulo.

 

 

Claque
No hall de entrada da Assembleia, um grupo de “manifestantes” da CUT e da Petrobrás apuparam José Serra. Acusaram o senador de apresentar projeto que tira da Petrobrás a autonomia para explorar o pré-sal. O tucano enfrentou a claque, afirmando que eles desconhecem o projeto e que deveriam estar trabalhando (já passava das 14h de segunda-feira), pois eram funcionários públicos!

 

 

Mais um
Antes da coletiva de imprensa na Assembleia, Serra fez uma visita de cortesia ao presidente da Casa, Gelson Merísio. Ali, foi saudado pelo ex-senador Casildo Maldaner (os dois foram senadores na mesma legislatura). Sem titubear, o paulista declarou que tem muita afinidade com Santa Catarina e que o Estado pode contar com um quarto representante na Câmara Alta.

 

 

Bom de briga
Enquanto José Serra atendia a imprensa, o presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira, quase foi às vias de fato com um “manifestante” mandado pelo PT para tumultuar a agenda. Vieira recebeu um chute na canela e foi pra cima do sujeito, que tentou, ainda, atrapalhar entrevistas pontuais do senador a veículos de imprensa. Só não obteve êxito por causa da intervenção do deputado. Ponto para Vieira, que manteve a ordem no local.

 

 

Articulando
Dário Berger (PMDB) fez uma visita ao gabinete de Eduardo Pinho Moreira ontem. Fora as trivialidades, o senador busca aproximar-se do vice-governador, que está fechado com a seguinte equação: completar o mandato como governador, apoiando Mauro Mariani para governador em 2018, tendo o PSD de vice. Evidentemente que Dário sonha em ser o cabeça de chapa.

 

 

Pé fora
Deputado estadual Mário Marcondes, eleito com base política em São José, está com um pé fora do Partido da República. Está inclinado a assinar ficha no PPS, pilotado no Estado pela deputada federal Carmen Zanotto. Os bombeiros já entraram no circuito para tentar segurar o parlamentar na legenda. O primeiro suplente do partido, Ivon de Souza, de Palhoça, também demonstrou disposição para deixar a legenda. Os dois não concordam com os rumos do partido.

 

 

Alternativa
Já há quem diga que o governador definiu que o PR não terá mais a titularidade da Secretaria de Estado do Turismo. O partido contemplado seria o PP. O nome do ex-deputado Reno Caramori foi ventilado. Apesar de ter bom trânsito, o progressista não tem o perfil para a função e enfrentaria grande resistência.

 

 

Exemplo
O Hospital e Maternidade São José, de Jaraguá do Sul, é exemplo para SC e o Brasil. Gerido por empresários, tem atendimento de excelência e envolvimento das lideranças para sua manutenção. Semana passada, o dono da Marisol, Vicente Donini, empresário consagrado e dirigente da instituição, foi a Brasília e garantiu a liberação de R$ 2,1 milhões ao nosocômio.