A greve é contra a abertura das agências da Previdência Social em meio à pandemia da Covid 19, sem segurança para segurados e servidores
Os servidores do INSS iniciaram uma greve sanitária em todo o país neste dia 8 de setembro. A greve foi aprovada nacionalmente em Plenária virtual da Federação dos Trabalhadores que os representa, Fenasps.
O motivo é a decisão do governo federal em reabrir as agências da Previdência Social neste dia 8. Os trabalhadores, a federação e os sindicatos estaduais avaliam que o país ainda vive no centro de uma pandemia mundial do Coronavírus (Covid 19) e que não há segurança para servidores e segurados, colocando a vida dos mesmos em risco.
Os servidores aprovaram não retornar ao atendimento presencial enquanto durar os atuais níveis de contágio e morte da pandemia pela qual atravessa o Brasil.
Além da aglomeração e deslocamento que potencializam o risco de contágio, os servidores e segurados, ao acumularem-se nas poucas agências disponíveis, também colocarão em risco a sua integridade física. A angústia por ser atendido ou a exigência em usar equipamentos de proteção pode gerar tensão, considerando que muitas pessoas se sentem desobrigadas de cumprir os cuidados necessários como o uso de máscaras, o distanciamento ou a permanência fora das agências enquanto não é atendido.
Os servidores continuarão a trabalhar remotamente de casa, como desde o início da pandemia. Até o momento, com o trabalho remoto foram mais de 2 milhões de benefícios analisados e desrepresados desde o início da pandemia.
Com um passivo de mais de 20 mil servidores, o INSS agora tem a tarefa de atender uma população de mais de 60 milhões de beneficiários em plena pandemia. O número de servidores é reduzido, muitos já estão em tempo de aposentadoria, outros compõem o grupo de risco ou tem filhos em idade escolar, inviabilizando o retorno ao trabalho.
Os servidores permanecerão em trabalho remoto, portanto, não retornando aos locais de trabalho.
No próximo dia 10 de setembro haverá nova reunião entre os representantes dos servidores e governo para tratar do assunto e tentar um acordo que preserve a vida dos servidores e usuários da Previdência.