Coluna do dia

Servidores pagam mais

Raimundo Colombo passou boa parte do dia de ontem reunido com o presidente da Assembleia, deputado Gelson Merísio; e com os secretários Antônio Gavazzoni (Fazenda) e Nelson Serpa (Casa Civil). À mesa, o quarteto avaliou, cuidadosamente, os últimos detalhes para a remessa do novo Plano do Magistério Estadual à Assembleia.

Os quatro também se debruçaram sobre a proposta que aumenta de 11% para 14% a alíquota da contribuição previdenciária dos servidores públicos estaduais em atividade em todos os Poderes e também os já aposentados.

Esta última informação foi publicada, em primeiríssima mão, no início da tarde de ontem, pelo Blog do Prisco. Decidido o envio do novo pacote ao Parlamento, fica evidente que o Executivo está confiante na solidez de sua base, que foi alvo de inúmeras dúvidas durante todo o ano.

Os resultados de terça-feira, quando o governo conseguiu aprovar as MP’s da Segurança e a transformação das SDR’s em Agências de Desenvolvimento, animaram o Centro Administrativo.

 

Alô, alô

O governador passou a mão no telefone ontem à tarde e entrou em contato com os chefes dos demais poderes (Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas). Colombo comunicou de viva voz aos capitães que a decisão do governo é que o projeto que majora as alíquotas previdenciárias do funcionalismo alcance também os servidores que já estão na ativa e não apenas os que vão se incorporar à máquina pública.

 

Gritaria

O contato direto de Raimundo Colombo com os chefes dos demais poderes não foi apenas proforma. Os maiores salários do funcionalismo público estadual estão justamente nos outros poderes (Judiciário, Legislativo e Ministério Público). Consequentemente, nestas instituições é que a mordida será maior. O governo sabe que vai enfrentar fortíssima resistência dos sindicatos de servidores.

 

Timing

No Centro Administrativo, existe a convicção de que se o aumento da contribuição previdenciária não for aprovado agora neste final de ano, somente no próximo governo haverá ambiente político para mexer nesse vespeiro.

 

Feeling

Secretário Eduardo Deschamps transferiu para hoje, sexta, a coletiva de imprensa que daria ontem para detalhar o novo Plano de Carreira do Magistério, que vem merecendo sérias restrições por parte do Sinte. Mesmo assim, ele anunciou que a matéria seria encaminhada ontem mesmo à Assembleia.

 

Compensação

A intenção do governo é descompactar a tabela do Magistério, já que houve um profundo achatamento salarial nos últimos anos, quando o piso foi reajustado em mais de 200%. Agora, de forma parcelada até 2018, os professores mais graduados vão receber aumentos mais significativos.

Do primeiro governo Colombo para cá, a folha do Magistério saltou de R$ de 1,5 bilhão para mais de R$ 3 bilhões. Com as correções futuras nos próximos três anos, a folha vai bater em R$ 4 bilhões.

 

Alíquota maior

Também está pronto para aterrissar na Alesc, provavelmente na segunda-feira, o projeto que reajuste de 11% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores públicos estaduais ao Iprev. Será de forma escalonada, um por cento nos três próximos anos, como forma de amenizar o rombo previdenciário estadual, que em 2015 vai bater em R$ 3 bilhões.

 

Lupa

Ontem, o governador e alguns de seus principais interlocutores (Antônio Gavazzoni, Eduardo Deschamps e Nelson Serpa) passaram parte do dia revendo e analisando detalhes da matéria. Somente este ano, o rombo na Previdência é de R$ 3 bilhões, uma conta paga por todos os catarinenses.

Sair da versão mobile