A sessão ordinária teve críticas às mudanças em discussão na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), assim como a possibilidade de federalização do Porto de Itajaí na sessão de quarta-feira (11) da Assembleia Legislativa.
Jessé Lopes (PL) criticou as mudanças que estão em discussão na Udesc, como o aumento da cota racial de 30% para 50%; a implantação de cotas para quilombolas e autistas; para professores e técnicos administrativos; para pessoas trans e presidiários.
“Estou propondo uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para em Santa Catarina ser proibida a cota identitária, a não ser cota por questão de renda, identidade é pauta ideológica”, advogou o representante de Criciúma.
Sargento Lima (PL) concordou com o colega.
“O senhor não é uma voz isolada, tem mais pessoas que pensam como o senhor, conte com a minha assinatura”, prometeu Lima, para depois disparar contra a ideia de federalizar o Porto de Itajaí. “É uma vingança contra a eleição do prefeito de Itajaí, que é do PL”, avaliou.
Lima revelou que a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) está sendo mobilizada para impedir a federalização do porto, que voltou a operar em setembro, depois de mais de um ano e meio parado.
Emerson Stein (MDB) também se posicionou contra à federalização.
“Sou contra a federalização, é uma aberração o que está acontecendo, mais uma vez querem tirar da nossa gente, Itajaí é um dos maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do estado”, afirmou Stein, acrescentando que a Bancada do Vale do Itajaí enviará uma Moção à Bancada Federal contra a federalização.
Miguel Warmling
Camilo Martins (Podemos) homenageou na tribuna o jovem de 14 anos, Miguel Warmling, de Palhoça, considerado um prodígio do laço. De acordo com Camilo, Miguel sagrou-se campeão em Jaborá, no Meio Oeste, conquistando o título de Rei do Mate, embolsando R$ 100 mil em prêmios.
Emerson Stein apoiou Camilo e parabenizou Miguel.
“São jovens talentos que estão surgindo em Santa Catarina”, reconheceu o ex-prefeito de Porto Belo.
“Precisamos falar de esgoto”
Ivan Naatz (PL) defendeu a necessidade de os parlamentares conversarem sobre tratamento de esgoto, uma vez que apenas 30% dos catarinenses têm acesso ao tratamento.
“Precisamos conversar sobre saneamento básico, conversar sobre o marco regulatório do saneamento, cerca de 89% dos catarinenses recebem água tratada, um avanço significativo, mas em relação ao esgoto menos de 30% da população recebe tratamento de esgoto, é um número que nos envergonha e constrange, a média nacional é de 64%”, relatou Naatz, que defendeu o enfrentamento do problema, principalmente no litoral.
Volnei Weber (MDB), em aparte, defendeu a prioridade ao tratamento de esgoto e citou o caso de São Ludgero, no Sul do estado, que tem 100% do esgoto canalizado e tratado, tanto urbano quanto rural.
Ovinocaprinocultura
Pepê Collaço (PP) agradeceu o voto unânime dos colegas na aprovação de projeto de sua autoria que incentiva a ovinocaprinocultura em Santa Catarina.
“Quero agradecer pela aprovação do nosso projeto de lei que incentiva a ovinocaprinocultura, uma proposta que visa criar uma política pública, visando oportunizar o crescimento econômico”, justificou Pepê, que destacou a potencialidade do estado na criação de ovelhas e cabritos em áreas menos propícias à agricultura, como os solos mais pobres.