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 Setor imobiliário de Santa Catarina passa a contar com tecnologia de tokenização

Programa criado pela proptech netspaces permite que construtoras, incorporadoras e demais empresas do segmento ingressem no universo das transações imobiliárias digitais

A plataforma para criação, transação e gestão de propriedades digitais netspaces acaba de disponibilizar seu programa de tokenização imobiliária para empresas de Santa Catarina. O recurso permite que construtoras, incorporadoras e demais players do segmento realizem transações imobiliárias em ambiente digital, em tempo recorde e protegidas pela tecnologia blockchain, que é transparente e imutável. As primeiras regiões a contar com a inovação são Itajaí, Porto Belo e Grande Florianópolis, chegando em breve à Balneário Camboriú.

Com diversas praias, paisagens naturais e altos índices de desenvolvimento humano (IDH), o mercado imobiliário de Santa Catarina registrou, no segundo trimestre de 2024, um crescimento de 23,1% perante o mesmo período de 2023, de acordo com um levantamento da consultoria Brain. O estado também ocupa as quatro primeiras colocações das cidades de maior valorização do m² no país, sendo respectivamente Balneário Camboriú, Itapema, Itajaí e Florianópolis, segundo o Índice FipeZAP de setembro, que analisa o comportamento dos preços de imóveis residenciais e comerciais com abrangência nacional.

Para o fundador e CEO da netspaces, Andreas Blazoudakis, essas características motivaram o compartilhamento da tecnologia de tokenização com o mercado imobiliário local. “Nós priorizamos municípios de 200 mil a um milhão de habitantes e que possuem grande atividade imobiliária, especialmente residencial, uma vez que buscamos popularizar o acesso aos imóveis por intermédio da propriedade digital. A digitalização dos direitos sobre um ativo real, nesse caso um imóvel, permite que venda, gestão, divisão em várias partes ou mesmo doação ocorram sem toda a burocracia já conhecida do setor”, diz.

De acordo com Custódio Ribeiro Junior, diretor na CRI Soluções Imobiliárias, o mercado imobiliário carece de tecnologias que ofereçam maior velocidade para operacionalizar transações. “Essa iniciativa permite ampliar a capilaridade geográfica e facilitar as transações imobiliárias independentemente do local onde os compradores estão, de maneira fácil, segura e instantânea”, declara. Ribeiro operacionaliza o projeto nas cidades de Itajaí e Porto Belo junto ao CEO da Marcos Otero Imóveis, o empresário Marcos Otero, e o Diretor da CRI by Ox, Jesiel Bento.

Segundo Luessa Santos, advogada atuante na área empresarial, a tokenização oferece mais agilidade, transparência e segurança jurídica para o setor. “Por meio dessa parceria com a netspaces, combinando nossa expertise em economia, tecnologia e direito, buscamos democratizar o acesso à propriedade digital e contribuir para um mercado imobiliário mais dinâmico e inclusivo”. A empresária está à frente da operação na cidade de Biguaçu, junto ao economista e administrador especializado em planejamento financeiro Marcelo Vasconcellos que atua nas cidades de Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça e São José.

Já presente em mais de 80 cidades, a expectativa da netspaces é viabilizar cerca de 100 licenças do seu programa de tokenização imobiliária até o final de 2024. Até o momento, além dos municípios de Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Itajaí, Palhoça, Porto Belo e São José, a tokenização imobiliária já ocorre em outras localidades ao redor do país, como Porto Alegre (RS), Maringá (PR), Cascavel (PR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Natal (RN), Betim (MG), Contagem (MG) e Nova Lima (MG).

Digitalização na prática
Ao digitalizar um imóvel, os direitos relacionados a ele ficam materializados em um token na carteira digital de cada proprietário digital. Com isso, ele poderá ser fracionado em várias partes, cedido ou vendido por contratos inteligentes, direto na plataforma da netspaces. Os proprietários digitais de imóveis locados recebem seus locativos diretamente em suas wallets.

A blockchain, tecnologia que suporta a plataforma da netspaces, garante que as transações sejam rastreáveis e estabelece smart contracts que automatizam tarefas de verificação de informações, gerenciamento de garantias e processamento de pagamentos. Isso diminui a intervenção humana em toda a jornada e também reduz a probabilidade de erros.

A decisão de abrir o sistema da empresa acontece após três anos da criação e pedido de patente do conceito de Propriedade Digital pela netspaces. Isso possibilita que negócios regionais possam operar a tokenização de imóveis seguindo um mesmo padrão tradicional. Para Vinícius Dambros, Diretor de Crescimento da netspaces e executivo à frente do projeto, a tecnologia desperta um interesse genuíno do setor para a inovação.

“Em nosso primeiro lote de licenciamento, lançado com número reduzido em janeiro deste ano, tínhamos como meta atingir vinte municípios em três meses, algo que alcançamos já nos primeiros trinta dias do lançamento. Devido à alta procura, já estamos avaliando mais participações. Sabemos o quanto é importante compartilhar nossa tecnologia e arranjo jurídico envolvendo a tokenização imobiliária para democratizar o acesso à propriedade privada de imóveis no país”, destaca Dambros.

Para complementar, serão entregues mais de mil NFTs gratuitos de imóveis reais para a população de cada município licenciado no programa. Com essa ação, a netspaces estima elevar o número de consumidores com carteira digital de imóveis em seu ecossistema de 30 mil, registrados em 2023, para 100 mil até o final de 2024.

Sobre a netspaces:

A netspaces é uma proptech que conecta e integra os principais players do mercado de propriedades. Por meio de uma tecnologia proprietária construída sobre blockchain, é a primeira startup a digitalizar um imóvel, permitindo aos proprietários transacionar seu bem imobiliário com maior agilidade, dentro de um ecossistema online totalmente seguro em que estão integrados todos os serviços necessários, seja para vender ou obter crédito com garantia imobiliária.

Foto: Andreas Blozoudakis e Vinícius Dambros.
Crédito: Netspaces/divulgação

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