Coluna do dia

Siglas desgastadas

Analistas de plantão projetam que a linha de corte em relação às eleições do ano que vem será o envolvimento “escancarado” de políticos na Lava Jato. Quem estiver fora das listas, tem discurso praticamente pronto. Mesmo os políticos enrolados em outras frentes e esferas judiciais. A leitura é óbvia, mas terá que ser comprovada por pesquisas internas que já começam a pipocar aqui e ali, medindo o tamanho do estrago que uma simples citação pode fazer na imagem de fulano ou beltrano.

Não é por acaso que tem muita gente boa mantendo um silêncio calculado neste momento em que o noticiário segue misturando as páginas de política com as de polícia, baseado em farto material relacionado à corrupção. A população está irritada e pouco suscetível a argumentos.

Também parece óbvio que algumas figuras, como Aécio Neves, por exemplo, estão completamente fora do jogo. Chegaram ao fim da linha. Mas há uma incógnita quando o assunto são os partidos políticos.

Os três principais, PT, PMDB e PSDB, foram atingidos em cheio por denúncias de práticas gravíssimas. Assim como o PP e outros satélites do esquema que tomou o poder a partir de 2003. A tendência é que os eleitores passem também a rejeitar as siglas partidárias, derretidas pelo fervor da Lava Jato.

 

Visão

Antecipando-se a este quadro de declínio das agremiações políticas, várias lideranças nacionais estão se aglutinando em torno de um novo projeto, politicamente liderado pelo senador Álvaro Dias, ex-governador do Paraná. Ele e seu grupo, composto de figuras que têm passado ao largo das garras das forças de investigação e julgamento, transformaram o PTN no Podemos.

 

Projeto nacional

O lançamento oficial do novo partido está marcado para o dia 1º de julho, em Brasília. Nos bastidores, comenta-se que muita gente boa e descontente Brasil afora tende a aderir às fileiras do Podemos, que prepara a candidatura do próprio Dias a presidente da República.

 

Perfil

Empresários têm observado atentamente o cenário de tantas incertezas e de aparente esgotamento de figuras e modelos tradicionais de fazer política. Alguns avaliam  a possibilidade de apresentarem como opções até mesmo a chapas majoritárias em 2018.

 

Em Genebra

O presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina (Fehoesc) e da Confederação Nacional de Saúde (CNS), Tércio Kasten, está em Genebra na Suíça, participando da 106ª convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), representando mais de 280 mil estabelecimentos de saúde no país, entre hospitais, clínicas e laboratórios.  O destaque da programação aborda a migração laboral e a necessidade de capacitar empresas privadas para a contratação de migrantes.

 

Impeachment

Grupos ligados ao Judiciário começaram novo movimento pedindo o impeachment de Gilmar Mendes, ministro do STF. Dificilmente obterão êxito. Advogados e juízes estão entre as categorias mais corporativistas do país. Mendes vem extrapolando há tempos as atribuições de magistrado, mas não deve sofrer qualquer sanção.

 

Currículo

Prefeito Gean Loureiro já bateu pelo menos um recorde em Florianópolis: em seis meses é, disparado, o mandatário que mais colecionou polêmicas e derrapadas. A mais recente é uma mal explicada viagem à Europa. A desinformação é tanta que o distinto público ainda não sabe se ele viajou de forma privada para defender interesses públicos, ou se está usando interesses públicos para justificar o périplo em família.

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