Coluna do dia

Simbolismo nos nomes

Sem entrar no mérito das competências pessoais, ficou clara a estratégia na composição das posições-chaves da Comissão Especial do impeachment na Assembleia Legislativa.

Por que João Amin na presidência? Porque a oposição a Moisés da Silva colocou um representante da família no comando do processo para tentar sensibilizar os pais dele, Esperidião e Angela, em favor da tese da degola do governador e da vice.

Na bancada do PP, partido dos Amin, são três os deputados estaduais. Dois deles, Zé Milton e Altair Silva, têm interlocução e proximidade com o governo. Se a bancada fechar questão, João Amin teria que acompanhar os dois. Em caso de liberação, na realidade de hoje, o placar no PP ficaria 2 a 1 para o governador.

E por que Luiz Fernando Vampiro, do MDB, na relatoria? O MDB tem quase 20% das cadeiras da Assembleia. Mas esse não é o único motivo. O partido na Alesc está rachado em relação ao impeachment. Não houve fechamento de questão e dificilmente haverá.

 

Turma do contra

Também porque lideranças influentes do MDB no estado, como Celso (deputado federal e presidente estadual) e Casildo Maldaner (ex-senador e ex-governador), o senador Dário Berger, os ex-governadores Paulo Afonso Vieira e Eduardo Moreira; e pelo menos mais um deputado federal do partido, são contra a cassação de Moisés da Silva.

 

Liberação

Na melhor das hipóteses, o MDB vai liberar geral. Podemos supor, como se comenta em alguns segmentos nos bastidores, que seja selado um acordo entre MDB e PSD para a eleição indireta do governador e já projetando o pleito de 2022. Se isso ocorrer, naturalmente que os senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello vão reagir. Os dois têm pretensões majoritárias nas próximas eleições estaduais. Um acordo agora evidentemente teria reflexos dois anos adiante. Como também uma interinidade de seis meses já teria o poder de influenciar.

 

Dois anos e só

O presidente do Parlamento, Júlio Garcia, pode estar sinalizando que não buscará a reeleição em 2022 na expectativa de ser efetivado no comando do Estado depois de 180 dias como interino. Movimento que estaria visando a consolidar estas alianças tendo como pano de fundo o pleito majoritário estadual.

 

Jus sperneandi

Outro componente neste caldeirão são as questões judiciais, que podem retardar todo o processo. O pedido de impeachment dificilmente chegará ao plenário da Assembleia Legislativa em setembro. De qualquer forma, o mês que está se iniciando promete fortes, fortíssimas emoções na seara política.

 

Freio de arrumação

A diretoria da Celesc poderia tomar uma dose extra de bom senso e voltar atrás no escorchante aumento de 8% na fatura de energia elétrica. Até porque, é uma questão de tempo para a derrubada da canetada do presidente Cleicio Poleto Martins.

Ou o recuo vai acontecer pela via político-administrativa, ou então será via Poder Judiciário.

 

Nova direção

”A demora na entrega da prestação jurisdicional deve ser erradicada, deve ser dizimada, pois implica serviço público ineficiente, e a espera, para o direito, pode representar a perda irreversível de seu objeto.”

A afirmação foi feita pelo ministro Humberto Martins ao tomar posse como presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF), esta semana.  Ao lado do ministro catarinense Jorge Mussi, que assumiu como vice-presidente, Martins comandará as duas instituições no biênio 2020-2022.

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