Coluna do dia

Situação se agrava

A presença do atual secretário de Estado da  Saúde, André Motta Ribeiro, no relatório da Controladoria Geral do Estado, que aponta supostos responsáveis pelo escândalo dos respiradores, deixa Moisés da Silva numa saia justa.

Obviamente que ele e os demais listados pela CGE terão o direto ao amplo contraditório. Contudo, sendo um órgão de governo, a Controladoria entende que outro integrante da mesma gestão precisa ser responsabilizado.

A CGE foi criada nesta gestão. Junto com outra estrutura, a Secretaria de Governança, justamente para coibir aquilo que não foi coibido. Estamos falando de duas pastas!

O governo precisa oferecer respostas. A força-tarefa trabalhou, fez seu papel e agora tudo foi para Brasília porque o governador passou a ser investigado. E ele tem o foro privilegiado.

Tabuleiro

Na outra ponta, temos a CPI também atuando e ao centro, está o Executivo estadual. O controle interno da administração precisa dizer a que veio.

Já falhou ao permitir a execução destes contratos equivocados, para não dizer outra coisa. Agora precisa oferecer dados concretos para ajudar no contexto das investigações.

Guilhotina

A cabeça do professor Luiz Felipe Ferreira está a prêmio. A CPI já havia pedido as cabeças de Helton Zeferino e Douglas Borba. Os dois acabaram caindo. Na terça-feira que vem, o plenário da Alesc deve aprovar o pedido de afastamento de Ferreira. Para complicar mais ainda, o Controlador perdeu sua adjunta na sexta-feira.

Confusão geral

Simone Becker muito provavelmente bateu em retirada pelo que disse o próprio Ferreira em seu último depoimento na CPI. Segundo ele, a adjunta fazia parte de um grupo de whats app para acompanhar as compras na quarentena. E não o informou sobre os encaminhamentos que estavam em curso.

O que também soa inexplicável. Parece que os integrantes do governo são ilhas, não se comunicam. Ou seja, tudo está muito conturbado, confuso.

Nota

O Sindiauditoria emitiu uma nota dura, reiterando o pleito para que Luiz Felipe Ferreira deixe a CGE. Acompanhe o parágrafo final do texto.

“É hora de dar um basta às improvisações: o comando de uma Controladoria-Geral é assunto para profissionais. As grandes mentes são capazes de identificar o momento no qual o maior auxílio que podem prestar é respeitosamente solicitar seu afastamento. É o que humildemente pedimos ao sr. Luiz Felipe Ferreira: exercite sua grandeza e faça o gesto, peça para sair. A sociedade catarinense e a categoria dos auditores internos do Estado merecem uma nova chance para a retomada de um ambiente benéfico à execução da fiscalização e acompanhamento das despesas, condizente com as expectativas de nossos cidadãos e com a história dos auditores internos do Estado.”

Mobilização na Capital

Em Florianópolis, o prefeito Gean Loureiro enfrenta muitas mobilizações e contestações às novas medidas restritivas baixadas unilateralmente por ele. Diante da pressão, pelo visto, ele parece mais disposto a dialogar. O que não fez antes com a classe empresarial. Gean precisa interagir com os representantes da sociedade civil.

Irredutível

Fará rodadas de segunda a sexta. Só que na quarta-feira subsequente já estarão terminados os 14 dias do novo decreto. Significa que o prefeito vai sim dialogar, mas pensando nas medidas para o pós-quarentena. Ou seja, tudo indica que ele não recuará.

Aliados

Da Câmara de Vereados também não da pra esperar o suporte que a sociedade deseja. Está absolutamente alinhada com o prefeito. Na quarta-feira, quando poderia ter tido uma decisão célere  e alvissareira, o Legislativo municipal deu foi uma demonstração de extrema lealdade a Gean Loureiro, traduzida no pedido de vistas de um aliado. Nada será aprovado a tempo de anular a nova onda de restrições na Capital!

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