Manchete

Só espuma e factoides

Tudo indica que o PSD desistiu de tentar tirar o MDB da base de apoio do governo Jorginho Mello. O partido ocupa posições nos diversos escalões, a começar pelo titular da Infraestrutura, o deputado estadual licenciado Jerry Comper.

Vale lembrar que originalmente a pasta era chamada de Secretaria dos Transportes. Quem mudou a nomenclatura foi Luiz Henrique da Silveira.

Foi justamente nesse setor que o então governador Jorge Bornhausen indicou o deputado federal eleito em 1978, Esperidião Amin, para assumir a titularidade dos Transportes.

Foi pilotando essa pasta que ele se tornou candidato a governador e venceu Jaison Tupy Barreto no pleito de 1982.

Já na condição de Secretaria da Infraestrutura, LHS entregou a pasta ao igualmente deputado federal Mauro Mariani, que foi candidato a governador em 2018, quando Luiz Henrique já não estava mais entre nós.

Visibilidade

Ou seja, é uma pasta pra lá de estratégica. Costuma-se dizer que o governo tem três posições que são a fina flor do primeiro escalão: a Fazenda, a presidência da Celesc e a Secretaria da Infraestrutura.

Rasteira

O que desejavam os pessedistas? Que os emedebistas buscassem abrigo na trincheira oposicionista, fazendo companhia ao PSD, partido que tenta, dia e noite, desestabilizar a atual administração estadual.

Narrativas

Tivemos aí uma maratona de dois meses com os porta-vozes oficiais do PSD na mídia plantando intrigas e desavenças no intuito de ver o Manda Brasa desembarcar do governo.

Finalmente parece que desistiram. O MDB não só vai continuar como seguramente vai ganhar mais espaço no colegiado. Se não for em abril, deve ocorrer em maio.

De saída

Lembrando que no início de junho os dois deputados federais que ocupam secretarias, Ricardo Guidi (Meio Ambiente e Economia Verde) e Carmen Zanotto (Saúde), vão desembarcar para disputar, respectivamente, as prefeituras de Lages e Criciúma.

Há vagas

Seguramente, espaço será aberto para o MDB. O PP também deverá ganhar mais posições no governo Jorginho Mello, deixando o PSD absolutamente isolado.

Contexto

Ah, mas tem o PSDB, o UB, o Republicanos e o Podemos. Sim, mas vamos contextualizar. Os tucanos estão caindo pelas tabelas a cada dia. O União não vingou. O Republicanos, nas mãos do ex-governador Moisés da Silva, e o Podemos, agora pilotado por Paulinha Silva, muito provavelmente passarão para a órbita de influência de Jorginho Mello até o final do ano.

Diferencial

Com outro detalhe, essa eleição tem tudo para consolidar a posição do PL em todo o Brasil. Inclusive no Nordeste, região que assegurou a vitória de Lula da Silva no pleito de 2022.

Mais do que nunca, nas últimas três décadas, teremos eleições municipais que influenciarão muito fortemente o pleito estadual subsequente, no caso atual o de 2026.

foto>Joantã Rocha, Secom, arquivo

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