Coluna do dia

Somar ou dividir?

Somar ou dividir?

Os senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL) andam se movimentando na tentativa de cada qual tentar sensibilizar o outro a desistir da cabeça de chapa na eleição que se avizinha.
Os dois foram eleitos para as duas vagas ao Senado em 2018 e disputam a primazia de uma candidatura atrelada a de Jair Bolsonaro em 2022.
Ambos sabem perfeitamente que se disputarem separadamente estarão dividindo o eleitorado bolsonarista catarinense.
Mesmo em se tratando de Santa Catarina, estado majoritariamente conservador e de direita, não é um bom negócio essa subtração de votos potenciais.
Curioso é que nas duas frentes as soluções apresentadas não são propriamente domésticas. Não estão restritas aos respectivos partidos de Amin e Jorginho. São encaminhamentos familiares.

Elas

Já faz um bom tempo que se especula o nome da deputada federal Angela Amin como vice de Jorginho.
O senador do PL tem como primeira suplente a viúva de Luiz Henrique da Silveira, Ivete Appel da Silveira. LHS foi arqui-inimigo e adversário eleitoral de Esperidião Amin, a quem derrotou em 2002 e 2006.

PP e MDB

Jorginho poderá estar ali adiante com a esposa de Esperidão, Angela, de vice quatro anos depois. Em caso de vitória do liberal, Ivete assumirá quatro anos como senadora.

Descendência

O nome do filho do casal, João Amin, também entrou nas conversas como opção para a vice de Jorginho Mello.
Na outra ponta, começou-se a ventilar o nome do advogado Filipe Mello, filho de Jorginho, para vice de Esperidião Amin.

Muito restrito

É o tipo de costura que pode atrapalhar a construção da aliança e dos aliados que vão buscar os votos na campanha lá na ponta.

Séculos passados

As conversas estão tornando-se muito familiares, caseiras. Há ingredientes aí para provocar desgastes para ambos os lados. No tempo das oligarquias familiares é que se consideravam normais estas práticas. Já estamos na segunda década do Século 21, no entanto.

Maldaner ao Senado

Em outra esfera, no velho MDB, o presidente licenciado da sigla, Celso Maldaner, se inscreveu como pré-candidato ao Senado.

Tour

Paulo Afonso Vieria está no exterior, fora de qualquer articulação. Edinho Bez, que ascendeu ao comando emedebista com a licença de Maldaner, também está fora do páreo.
Sobraram Carlos Chiodini, deputado federal ligado a Antidio Lunelli, e Peninha Mendonça, que lançou seu chefe de gabinete para disputar em seu espaço de federal. Já havia anunciado que não disputaria a reeleição.

Frente a frente

Peninha e Maldaner vão se enfrentar na convenção, salvo alguma reviravolta nas próximas duas semanas. Sem ainda saber se com Antídio Lunelli na cabeça de chapa pelo Manda Brasa ou se o partido estará no projeto de Moisés da Silva, candidato à reeleição, indicando o vice e o postulante ao Senado. Esse é o desejo da maioria dos deputados do partido.

Base sólida

As bases emedebistas, como se sabe, querem, desejam, anseiam por candidatura própria. O calendário vai entrando na reta final para estas definições. Serão dias tensos, movimentados e que ainda prometem muitas emoções no universo político Barriga-Verde.

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