O deputado Moacir Sopelsa (MDB), apresentou indicação ao governo do Estado sugerindo atenção especial às políticas públicas no sentido de beneficiar os apicultores que não obtiveram renda através da produção de mel, para conseguirem se reestruturar para a próxima safra. Entre as medidas apresentadas pelo parlamentar estão a prorrogação por um ano do vencimento das parcelas, o aumento no valor para R$ 5 mil reais do kit apicultura, e o aumento da disponibilidade de cotas do kit apicultura e meliponicultura às regiões atingidas. O kit apicultura é composto de equipamentos para a instalação e melhoramento de colmeias para atender os produtores no aumento da produção e diversificação de produtos das abelhas em Santa Catarina.
Segundo Sopelsa a produção de mel na safra 2020/2021 (safra de primavera/verão), em Santa Catarina teve drástica diminuição devido a fatores climáticos: variações atípicas de temperatura, estiagem antes das principais floradas e chuva em excesso durante as floradas. “O aumento dos valores dos kits é uma demanda do setor para aquisição de equipamentos, especialmente para melhorias nas condições de extração e uma melhor da qualidade do produto final”, justifica.
Sopelsa destaca o levantamento realizado pela Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (FAASC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), através de consulta com técnicos, apicultores e associações das diversas regiões do Estado que aponta um cenário preocupante: o Sul do estado não teve produção, a Região Litorânea (litoral sul, litoral centro e litoral norte) igualmente não teve produção, o Planalto Sul teve quebra de 80%, se comparado aos anos anteriores, e o Planalto Norte, a Região do Vale do Rio do Peixe e a Região do Meio Oeste obtiveram uma safra normal, e a Região Oeste teve uma safra acima da média de anos anteriores. “Temos aproximadamente nove mil produtores de mel. Santa Catarina é o quarto maior produtor de mel do país. As abelhas de Santa Catarina produzem mais de 100 tipos de méis. Por isso, precisamos ajudar aqueles produtores que pelas questões climáticas estão em dificuldades”, finaliza Sopelsa.