Coluna do dia

Super sábado

Enfim é chegado o super sábado da política em Santa Catarina. O sábado C, o sábado das convenções de alguns dos principais partidos e personagens catarinenses do pleito que se avizinha.
A grande expectativa, claro, é na direção do MDB, maior partido do estado. O otimismo tomou conta de Antídio Lunelli e de Udo Döhler. Dois ex-prefeitos, de dois mandatos em duas cidades importantes do Norte do Estado. A bordo de projetos bem distintos.
Com a diferença que Lunelli renunciou a quase três anos de mandato para estar apto a concorrer ao governo estadual. Inscreveu-se nas prévias emedebistas. Os demais postulantes bateram em retirada, confirmando o jaraguaense como pré-candidato do Manda Brasa para a cabeça de chapa.
Udo, a seu turno, apoiou o projeto de Antídio durante quase toda a pré-campanha. O joinvilense era amigo próximo e conselheiro da gestão de Antídio em Jaraguá do Sul!
Pressionado por Moisés da Silva e pela bancada estadual, Udo Döhler mudou de lado e aceitou a indicação para ser vice do atual inquilino da Casa d’Agronômica. E virou adversário do ex-amigo.
Com a palavra, os convencionais emedebistas entre as duas opções: escolher Antídio para encabeçar a chapa ou apostar na reeleição do governador com Udo de vice.

Fator Amin

No outro lado, também teremos a convenção do PP. Trata-se da segunda maior legenda catarinense. Assim como a definição do MDB desdobra no projeto do governador, o rumo dos progressistas trará reflexos no PL do senador Jorginho Mello, que levará à urna o 22 de Jair Bolsonaro.

Sola de sapato

Os dois senadores eleitos em 2018, Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL), estão na pista. E nenhum abre mão para o outro muito embora ambos saibam que se forem para a disputa, os dois encabeçando chapas, estarão rachando o eleitorado bolsonarista e com perspectivas remotas de segundo turno tanto para o liberal como para o progressista.

Basta

Na quarta à tarde, Jorginho colocou um ponto final nas negociações com Amin, conhecido pelo estilo turco de fazer política eleitoral. Atendendo a novo apelo, contudo, do ex-governador, o senador do PL aceitou uma nova rodada de conversações.

Undécima hora

Ficou claro, no entanto, que se algum acordo acontecer, será lá no momento em que a janela das convenções expirar. O prazo fatal é 5 de agosto.

Brecha

Até porque o PP e praticamente todos os partidos vão deixar as atas das convenções em aberto para possíveis ajustes antes dos registros definitivos das chapas e alianças ante a Justiça Eleitoral.

Rachado

O PP, assim como o MDB, está rachado. Dois dos três deputados estaduais e uma parcela dos prefeitos fecharam com Moisés da Silva.

PP parcelado

Ou seja, mesmo que Amin arranque o apoio dos convencionais e seja confirmado candidato ao governo, ele não levará o PP inteiro para a disputa. O mesmo vale para o hipotético encaminhamento na direção de respaldar a candidatura de Jorginho.

Eu ou ele

O senador do PL argumenta que 83% dos que querem votar nele também votam em Jair Bolsonaro, de acordo com pesquisa encomendada para consumo interno. Já em relação a Esperidião Amin, apenas 40% depositariam seu voto no presidente da República.

Bom pro Moisés

A seu turno, o ex-governador se apoia na seguinte tese, também lastreada em pesquisas apontando que quem iria votar em Jorginho votaria em Amin, mas quem iria votar no senador do PP não descarregaria os sufrágios no Liberal, mas sim em Moisés da Silva.

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