Notícias

Supremo adia novamente julgamento final da novela política em Criciúma

O ministro Ricardo Lewandowski adiou para quarta-feira da semana que vem, dia 11 de março, o julgamento dos dois processos que vão definir o futuro político de Criciúma.
A apreciação estava marcada para esta quinta-feira, dia 5, mas o magistrado resolveu, sem explicações, transferir para a próxima semana, mantendo a indefinição sobre quem será declarado prefeito definitivamente: Márcio Búrigo (PP), que está no cargo, ou Clésio Salvaro (PSDB), vitorioso em outubro de 2012, mas impedido de tomar posse por ter sido alcançado pela Lei da Ficha Limpa.

O pouco caso da máxima Corte do país em relação a uma cidade importante como Criciúma – um dos seis polos de Santa Catarina – dá a dimensão do quanto às instituições podem se afastar da sociedade e das demandas da população.
Essa novela sem fim no Sul não está restrita apenas à insegurança jurídica, mas também acaba refletindo-se em toda a cidade em função da descontinuidade administrativa.
Em pouco mais de dois anos, a cidade mudou de prefeito quatro vezes. Em janeiro de 2013, o presidente da Câmara, Itamar da Silva (PSDB), assumiu. Em 3 de março, em nova eleição, o vencedor foi Márcio Búrigo, que era vice de Salvaro e venceu o pleito com o ex-prefeito, que não pôde assumir.
No dia 15 de janeiro deste ano, o próprio Ricardo Lewandoski, em decisão monocrática, concedeu liminar determinando a posse de Clésio Salvaro.
Um mês e meio depois, no dia 27 de fevereiro, outro ministro do STF, Luiz Fux, em novo despacho monocrático, recolocou Búrigo no comando da cidade.
Soa quase como deboche à cidade o novo, e inexplicável, adiamento. Enquanto isso, a população sofre com a violência que vem crescendo exponencialmente no município.

Sair da versão mobile