Dirigentes estaduais do PSB, PT, PCdoB, PDT, Psol e Rede voltaram a se reunir, dessa vez em Criciúma, num auditório da Unesc. Guaraci Fagundes, dirigente do PV, justificou ausência por problemas de saúde.
Após agenda intensa na região e que incluiu visita ao Parque Natural Municipal Morro do Céu, debate com ambientalistas e plenária com o movimento sindical, dirigentes partidários da esquerda catarinense foram surpreendidos com as presenças do presidente da Força Sindical e do Solidariedade em Santa Catarina, ex-deputado Osvaldo Mafra, e do ex-deputado federal Jorge Boeira, cujo nome vem sendo cotado para compor chapa majoritária da chamada Frente Democrática.
Mafra sinalizou com adesão à Frente.
” Estaremos onde estiver a oposição à Bolsonaro”, resume o dirigente.
E Boeira não decepcionou, muito ao contrário. Em seu discurso, salientou a importância da “unidade de todos os democratas contra Bolsonaro e do diálogo com lideranças nacionais e estaduais que compartilham dessa visão aglutinadora em torno de um projeto para o país e para os catarinenses”, finalizou.
Principal articulador da reaproximação de Boeira com a esquerda, o presidente do PSB e pré-candidato a deputado federal, Cláudio Vignatti, destacou o que considera fundamental para o debate com os eleitores catarinenses, a dimensão humana do programa de uma Frente Democrática. Vignatti lembrou aos presentes o tamanho do desafio na educação em Santa Catarina.
“O Fundo Estadual de Educacão tem 1,2 bilhão enquanto a evasão escolar no ensino médio chegou a 40%, mais que um recorde, um verdadeiro desastre humanitário. O governo poderia ter investido na digitalização da escola, na distribuição de tablets, internet gratuíta e na capacitação dos professores, mas preferiu investir em Rodovias Federais quando até mesmo as (rodovias) estaduais estão cheias de buracos”, finalizou Vignatti.