Blog do Prisco
Coluna do dia

Tarcísio, Bolsonaro, o Republicanos e os números

O governador Tarcísio de Freitas recebeu, em Florianópolis, na abertura da reunião do COSUD, que reúne os estados do Sul e Sudeste, o resultado da primeira pesquisa para o Governo do Estado de São Paulo. Isso depois das eleições municipais deste ano. Pelo levantamento, o instituto Paraná sinalizou claramente para um favoritismo do atual mandatário. Ele está com a intenção de voto na casa dos 40 pontos percentuais.
Mas, tem um adversário já contando com a metade da sua intenção de voto. Ocorre que se trata de uma liderança nova no contexto político e, também por isso, sua boa performance chama a atenção.
Estamos falando de Pablo Marçal. Ele foi o preferido de 20% dos entrevistados, o que impõe a Tarcísio a necessidade de disputar as eleições buscando a reeleição.
Explica-se: em todos os outros cenários, sem Tarcísio, Pablo Marçal lidera. É bem verdade que, na simulação com Ricardo Nunes, reeleito prefeito da capital paulista, a vantagem marçalista é mínima, ficando dentro da margem de erro.

Salto no escuro

Mesmo assim, quem garante que Ricardo Nunes irá renunciar? E mesmo porque, renunciando, ele corre o risco de perder e ficar sem o mandato. Sem Nunes no páreo, Marçal assume a liderança com folga.
Porque todos os nomes da esquerda, seja pelo PSB, com Márcio França; seja pelo PT, com o ministro Alexandre Padilha, essas candidaturas não fazem frente a Marçal. A esquerda está falida, sobrevive da narrativa e do aparelhamento do Estado e da mídia velhaca.

Ele ficará

De modo que Tarcísio de Freitas tem motivos de sobra para convencer Jair Bolsonaro, lá à frente, uma vez mantendo a Justiça Eleitoral a sua condição de inelegibilidade, de que ele, Tarcísio, precisa ficar em São Paulo, sob pena de outro nome, supostamente de direita, conquistar o governo do maior estado da federação e assumir o protagonismo dos conservadores no Brasil.

Tudo japonês

Pablo Marçal, por muito pouco, não foi para o segundo turno no pleito da capital paulista. Outra questão. A aprovação de Tarcísio de Freitas é de quase 70%, ou seja, ele é um candidato que tem tudo para se reeleger. Sem ele na disputa, vira tudo japonês em São Paulo.

Direita

Já a administração de Lula da Silva é reprovada por mais de 54%, com uma aceitação de apenas 42%. Ou seja, o quadro é extremamente favorável em São Paulo. À direita. Até porque Bolsonaro tem se declarado candidato a presidente.

Legitimado

Então, nada mais legítimo que Tarcísio busque o seu próprio caminho de reeleição. Até porque sua recondução será importante para o lançamento de outra candidatura de direita no contexto nacional.

Cabo eleitoral

Mesmo que Bolsonaro seja barrado, ele apoiará alguém, indicará alguém pelo PL. Neste caso, Tarcísio poderia estar respaldando essa candidatura, o que é fundamental para as pretensões nacionais deste candidato.

Potência

O Estado paulista tem um colégio eleitoral que representa 23% do eleitorado brasileiro. Em Santa Catarina, Tarcísio voltou a falar a Jorginho Mello, o anfitrião dos governadores do Sul e do Sudeste, que é candidato à reeleição, assim como o próprio catarinense.

Conexão

Aliás, o governador catarinense controla o Republicanos em SC, partido ao qual está afiliado Tarcísio de Freitas.