Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não usou meias palavras para explicar o porque mantém o chefão mafioso do PSD nacional, Gilberto Kassab, entre seus principais colaboradores. “Eu tenho um cara aqui que funciona como um para-raios, é uma questão de sobrevivência.”
A entrevista, veja vídeo abaixo, foi concedida antes das eleições. Hoje se sabe que o PSD fez o maior número de prefeituras do Brasil, número alcançando em grande parte pela atuação do próprio Kassab que esvaziou o PSDB paulista, trazendo os tucanos para as fileiras pessedistas.
Agora é fato que a sede de poder do PSD, um partido perseguido pelo poder, gera uma panela de pressão na direção de Tarcísio, um governador de direita. Além de estarem na gestão paulista, os pessedistas ocupam três ministérios sob Lula III e votam com o PT e o governo no Congresso, além, é claro, de fazerem parte da administração do prefeito Ricardo Nunes.
Mas não é apenas em São Paulo que o PSD gera insatisfação. Correligionário de Kassab, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sentiu a pressão das ruas no domingo, 6, quando foi ao seu local de votação.
O senador mineiro é aliado estratégico do consórcio ditatorial. Entre seus “feitos” está o engavetamento de dezenas de pedidos de impeachment apesar das barbaridades vindas de algumas supremas togas. Pacheco faz de conta que não é com ele. Mas o povo está atento e “homenageou” o pessedista.
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