O pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) condenou o ex-prefeito Dário Berger (PMDB), hoje senador da República, no rumoroso caso do show do tenor Andrea Bocelli, que nunca aconteceu na Capital, em 2009. O peemedebista foi o ordenador primário da despesa de R$ 2,5 milhões, valor que ele e outros quatro envolvidos devem devolver ao erário, de acordo com a corte de contas. O placar unânime dá musculatura à decisão.
Fora do páreo
Confirmada a condenação, Dário Berger, muito embora a decisão não tenha citado este fato especificamente, passa a ser automaticamente alcançado pela Lei da Ficha Limpa. E está fora do páreo sucessório estadual, modificando o quadro para 2018. O senador está inelegível por oito anos. Internamente, o deputado Mauro Mariani e o próprio Eduardo Pinho Moreira saem fortalecidos. Mas todas as costuras no PMDB indicam que Mariani deve assumir a presidência do partido, condição que o torna o favorito para encabeçar a chapa majoritária no próximo pleito estadual.
Detalhes
Na quinta-feira passada, o conselheiro Júlio Garcia acolheu pedido da defesa de Berger, transferindo para esta segunda, 14, o julgamento. Foi apenas um gesto de simpatia, para não denotar má vontade para com o peemedebista. Uma vez condenado, Dário Berger pode recorrer ao próprio tribunal, mas a chance de reverter o quadro é próxima de zero. Importante frisar, também, que o recurso não tem efeito suspensivo, ou seja, ele segue inelegível durante o período que estiver recorrendo da condenação por parte da corte de contas.
Foto: PMDB-SC, arquivo, divulgação