O Tribunal de Contas do Estado condenou o ex-prefeito de São José, Djalma Berger (foto de capa), e o ex-superintendente da Fundação Municipal de Esporte, Luciano Heck (foto interna), a devolverem R$ 390 mil, corrigidos desde 2012, aos cofres públicos. O dinheiro foi gasto em um show com o cantor Alexandre Pires naquele ano. Em seu despacho, o TCE pede providências ao Ministério Público de Santa Catarina. O show aconteceu na Arena Multiuso, no dia 30 de abril de 2012, para comemorar a abertura dos jogos dos servidores e o Dia do Trabalhador em 2012.
A auditoria do tribunal de contas concluiu que o evento não poderia ser do jeito que foi, uma vez que foi bancado com dinheiro público, mas não foi aberto ao público então não teve caráter público.
A apresentação de Alexandre Pires, na Arena Multiuso de São José, no dia 30 de abril de 2012, só pôde ser acompanhada e apreciada por servidores públicos municipais e seus acompanhantes. Traduzindo a sentença do TCE: se o dinheiro que viabilizou o show é público, qualquer cidadão josefense teria direito de assistir ao espetáculo. Os auditores também concluíram que houve falhas por falta de licitação para a contratação da estrutura necessária à apresentação de Pires.
O TCE pede Berger e Heck devolvam os R$ 390 mil, corrigidos, aos cofres públicos.
DNA
Problemas com shows e dinheiro público parecem uma característica da família Berger.
Em 2015, o mesmo TCE condenou o irmão de Djalma Berger, hoje senador Dário Berger, a ressarcir os cofres públicos pela “contratação” do show fantasma do tenor italiano Andrea Bocelli, que deveria ter ocorrido na Capital em 2009, época em Dário era prefeito de Florianópolis.