Coluna do dia

Tchau, Dilma!

Tchau, Dilma!

Embora o vice-presidente Michel Temer negue que tenha rompido com Dilma Rousseff, a carta-bomba que ele enviou à ex-mãe do PAC é sinal inequívoco de descolamento. E, na prática, significa sim o rompimento. O gesto escancara que o peemedebista não tem mais compromisso com ela. E muito menos com o governo dela. Foi o caminho que Michel Temer encontrou para, de quebra, não precisar mais falar com a gerentona grosseira, evitando, inclusive, aparições e fotos conjuntas. A inquilina do Planalto vinha constrangendo o vice, falando em confiança, confiança e confiança… Distante de Dilma, Michel Temer se posiciona como opção viável para a presidência, elencando 11 motivos, todos decorrentes de situações pretéritas, para lavar as mãos.

 

 

 

 

 

Bloco pelo impedimento

Quanto aos seis deputados do PMDB Barriga-Verde, o encaminhamento é de bloco. Eles devem votar pelo impeachment, denotando fidelidade ao vice-presidente. Só que desta vez, além de defenderem o impeachment e votarem neste sentido, os seis admitem que será preciso entregar os cargos federais, a começar pela presidência da Embratur, visando a manter a coerência. O grupo também, em sintonia com o senador Dário Berger, ainda decidiu que Djalma Berger também deixaria a presidência da Eletrosul, maior estatal federal do Sul.

 

 

 

 

 

 

Nós, não

Em outubro, peemedebistas de Santa Catarina discursam em favor do impedimento da presidente, mas depois recuaram quando foram cobrados a desembarcar da máquina federal.

 

 

 

 

Pontos

A coluna selecionou os dois primeiros e o último motivo listado por Michel Temer para mandar Dilma Rousseff literalmente às favas. “1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.”

 

 

Pontos 2

“2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.

  1. O PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.”

 

 

 

 

Tucanou

Antes de embarcar ontem para Brasília, onde foi chamado por Dilma Rousseff, Raimundo Colombo evitou se posicionar claramente sobre o impeachment. Afirmou que é preciso “pensar no Brasil. A gente tem que ver o que vai ser melhor para o país e procurar ajudar.” Ou seja, o governador parece estar antevendo o ronco das ruas que se aproxima e o desgaste que se manter na defesa da ex-guerrilheira pode trazer.

 

 

 

 

Tucanou 2

Celso Maldaner, se seguir a orientação de bloco dos deputados federais do PMDB catarinense, deve votar pelo impeachment. Tem sido pressionado, assim como todos os outros, nesta direção. Mas publicamente ele diz que ainda está “indeciso.”

 

 

 

 

Racha

Neste momento de pressão extrema, o PMDB se apresenta quase que irremediavelmente rachado. Sequelas vão ficar desta passagem histórica.

 

 

 

 

Alerta

Deputado Dirceu Dresch está mobilizado para aprovar emendas ao Plano Estadual de Cooperativismo, proposta pelo governo do Estado. Segundo o petista, do jeito que está elaborado, o projeto vai deixar 73% das cooperativas de fora dos benefícios.

 

Sair da versão mobile