Blog do Prisco
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Temer driblou segurança em Chapecó

A solenidade coletiva realizada no sábado, na Arena Condá, em Chapecó, além do clima de mais absoluta tristeza, reuniu boa parte do mundo político. Foi virada uma página terrível da nossa história, que ainda terá muitas outras escritas a partir do desastre e os seus desdobramentos imediatos.

O presidente Michel Temer, soube-se naquele dia, desde o começo já havia decidido comparecer na Arena Condá. Na cidade do Oeste, foi recebido por Raimundo Colombo, Eduardo Moreira, Gelson Merísio e Luciano Buligon.

A estratégia foi a seguinte: não revelar a ida ao estádio para não tumultuar a entrada das pessoas na Arena. Se a agenda do Planalto confirmasse a presença presidencial no local, o sistema de segurança seria obrigado a revistar cada pessoa que acessasse as dependências do estádio. Evidentemente que não faria sentido. Ao fim e ao cabo, o presidente acabou driblando sua própria segurança. Compareceu. E não havia o menor pré-disposição para vaias populares, como acabou não ocorrendo.

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Oportunismo

A estratégia de não revelar a verdadeira intenção de Michel Temer, de marcar presença na Arena Condá, acabou evitando, ainda, manifestações de PT, PCdoB e de centrais sindicais. Que, se ocorressem, seriam do mais absoluto oportunismo.

Tabelinha

Raimundo Colombo foi ágil e discreto na articulação com Michel Temer para que o Estado brasileiro desse todo o suporte, o que de fato ocorreu, aos atingidos diretamente pela tragédia.

Sereno e discreto

Apesar da discrição e da serenidade, naturalmente o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, ganhou grande destaque neste processo tão doloroso. Esteve à frente de tudo, sem qualquer deslize nas declarações e posicionamentos. Entra em um novo patamar de sua carreira, em que pese o momento de tamanho dor.

Frase

“Deus também tem o direito de chorar. Por isso, chove tanto na Arena Condá.” Luciano Buligon