Coluna do dia

Temer enrolado

Eliseu Padilha, o chefe da Casa Civil e intimamente ligado ao presidente interino, Michel Temer, foi à imprensa dizer que quem estiver na Lava Jato terá que sair do governo. Ficou claro que trouxe ao distinto público e aos seus colegas de esplanada um recado do chefe.

Beleza. Mas se não bastasse o Advogado-Geral da União estar na corda bamba depois de um carteiraço absurdo; a secretária de Políticas para Mulheres estar sendo investigada criminalmente; mais as saídas de Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência), a lista dos possíveis alvejados pelas declarações de Padilha é grande.

Se for pra valer o que ele disse, provavelmente em nome do presidente interino, irão para a degola Maurício Quintella (Transportes), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Mendonça Filho (Educação), Raul Jugnmann (Defesa) e por aí vai.

Pra melhorar, o delator Sérgio Machado afirmou que premiou a trinca de ouro do PMDB (Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá) com módicos R$ 70 milhões em propina.

E para melhorar mais ainda, Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, está denunciado o envolvimento de Henrique Alves com o petrolão.

 

Linha de tiro

Rodrigo Janot também já sinalizou que deve pedir o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado. Mesmo ele ainda não sendo réu na Lava Jato, o que parece só uma questão de tempo. Na primeira década do século, quando renunciou para manter os direitos políticos, Renan passou o comando do Senado a Tião Viana, hoje governador do Acre.

 

Em família

Se cair agora, Renan deixará a presidência da Câmara Alta para o irmão de Tião, Jorge Viana, que vem a ser seu substituto imediato. Influenciaria no julgamento do impeachment? É bem provável que sim. Na década passada, quando o irmão Tião foi guindado à cadeira número um do Senado, por ironia do destino, Jorge Viana governava o Acre. Agora, os irmãos vermelhos apenas invertem os papéis.

 

Fortalecimento

José Luiz Cunha, o Bóca, já assumiu a prefeitura de Brusque. Depois de Criciúma, Itajaí e Jaraguá do Sul, é a quarta  maior cidade sob o comando do PP. Ele é ligado a Esperidião Amin e talvez possa disputar a reeleição, embora tenha  sido eleito indiretamente para um mandato-tampão de seis meses.

 

Ponte aérea

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, acompanhado pelo representante do Conselho das Entidades Empresariais de Chapecó (CEC) e a Câmera de Dirigentes Lojistas (CDL), Clóvis Afonso Spohr; do presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Josias Mascarello; e do presidente Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom), Marcos Antônio Barbieri, esteve na sede da empresa Azul, em Barueri (SP), apresentando demandas e pedidos para que a empresa retome os voos entre Chapecó e Florianópolis.

 

Perspectiva

A comitiva chapecoense foi recebida pelo diretor da Azul Aviação, Marcelo Bento Ribeiro, e pelo Assessor da presidência para assuntos institucionais, Ronaldo da Silva Veras. A empresa se comprometeu de responder em 30 dias.

 

Revolta na caserna

“A Aprasc acompanha o caso, discorda da determinação judicial e denuncia mais um episódio de descaso e desrespeito do Estado com a segurança pública”. Trecho de nota oficial da entidade que representa os praças, depois que o desembargador Luiz Zanelato mandou suspender o curso de formação de 711 PM’s.

 

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