Ex-ministro e coordenador do GT da Pesca no gabinete de transição do governo Lula, Altemir Gregolin, que é catarinense, defende a recriação do Ministério da Pesca para fortalecer a economia
Diversas são as possibilidades para fazer a economia brasileira voltar a crescer. Uma das ações mais promissoras é o investimento do governo federal na atividade de pesca e aquicultura, sua regulamentação e implantação de novas políticas que impulsionem o setor.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para 2030 será necessário mais 24 milhões de toneladas/ano de pescado para atender à crescente demanda mundial e, mais 50 milhões de toneladas/ano, em 2050.
Quem vai poder produzir este montante, já que o Sudeste Asiático, segundo a própria FAO, que produz 89% da aquicultura mundial, reduzirá drasticamente o ritmo de crescimento nas próximas décadas? Para o ex-ministro da Pesca, Altemir Gregolin, o Brasil pode ser o protagonista.
“Nosso país tem as melhores condições para isso. Temos uma extensa costa, clima favorável, espécies nobres e matéria prima para ração”, diz Altemir.
Gregolin acredita que com a estruturação estatal da área, no futuro governo Lula, será possível melhorar a renda e a vida dos pescadores, aumentar a produção e a oferta deste alimento nobre no mercado interno, reduzir preços e elevar exportações.
“Temos que aproveitar as oportunidades que se abrem no mercado internacional para fortalecer institucionalmente a Pesca no Brasil, desenvolver o grande potencial que o país tem aumentando a oferta de alimentos e vender mais lá fora. Com a estrutura e os recursos atuais da pasta vinculada à Agricultura, até serviços básicos ficam seriamente comprometidos, gerando prejuízos econômicos e excluindo pescadores e aquicultores do processo produtivo e do acesso ao mercado, ressalta Gregolin.
Na campanha eleitoral, o presidente Lula disse ser a favor de recriar o Ministério da Pesca e fortalecer as políticas na área, que não teve prioridade nos governos anteriores.
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