Coluna do dia

Temperatura subindo

Deflagrada a campanha eleitoral na sua maior intensidade desde sexta-feira, quando começou a propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão.
Nessa arrancada, nos primeiros três dias, muita rivalidade, digamos assim, com um clima ainda mais acalorado. Especialmente em Joinville, Florianópolis e Criciúma.
Vamos começar pelo maior município catarinense, Joinville. O candidato Sargento Lima, do PL, está atrás de Carlito Merss nas pesquisas internas. Mas, o ex-prefeito do PT acumula rejeição superior a 50 pontos percentuais. Portanto, tem teto para crescimento.
Sargento Lima foi pra cima de Adriano Silva, do Novo, que está nadando de braçada. É o franco favorito. Aparece na casa de 60% das intenções de voto.
Em segundo vem Carlito, com 15%, seguido por Lima, também na casa dos dois dígitos. Esses são os três postulantes mais bem avaliados para a eleição. Mas, como vemos, o somatório do segundo com o terceiro não dá a metade do percentual do prefeito.

Quem?

Adriano Silva, aliás, deixa claro que não quer correr nenhum risco. Está até querendo esconder alguns aliados, como, por exemplo, União Brasil e PSD. Os dois partidos estão no governo Lula, cada qual com três ministérios. Seus deputados e senadores, a rigor, votam com o PT e o consórcio STF-Planalto.

Embate

Lembrando, ainda, que o PSD foi o adversário do segundo turno de Adriano Silva na figura do atual deputado federal, no exercício do mandato, Darci de Matos. Ele está atuando em função da licença de Ricardo Guidi.

Salada

O Novo, então, ideologicamente falando, é Direita? Mas, coligado com partidos assentados em um governo que vai muito além de ser “simplesmente esquerda.” Trata-se de uma ralé, de um governo comunista, de um desgoverno, na verdade.

Debaixo do pano

A campanha do PL acionou o Judiciário, pois os materiais de campanha não mostravam os partidos coligados a Adriano Silva. A Justiça deu ganho de causa. PSD, União Brasil e outro vão ter que aparecer na propaganda eleitoral do prefeito. No primeiro embate jurídico, vitória para os liberais.

Capital

Do Norte, vamos para Florianópolis, onde Dário Berger, Pedrão Silvestre, Marquito Abreu e Lela Farias são os principais candidatos de oposição. Quarteto que já foi pra cima de Topázio Silveira Neto. O pessedista, registre-se, teve uma boa estreia na propaganda eletrônica, apresentando um bom programa de televisão, melhor do que os quatro adversários oposicionistas.

Antídoto

Mesmo assim, ele escalou as redes sociais com seus tradicionais vídeos. Desta vez, para contrapor afirmações e informações inverídicas apresentadas pelos seus adversários, numa clara tentativa de desestabilizá-lo.

Na frente

Com essa largada, Topázio Silveira Neto, assim como Adriano Silva, alimenta perspectivas de vitória no primeiro turno. Em Joinville, elas são mais alentadoras do que em Florianópolis, mas a campanha mal começou. Estamos a 43 dias das eleições em primeiro turno.

Tic-tac

Da Capital, vamos para a maior cidade do Sul, Criciúma. Ali, a carga está muito, mas muito pesada. O tiroteio já é intenso entre as duas principais candidaturas, lideradas por Vaguinho Espíndola, do PSD, apoiado pelo prefeito Clésio Salvaro; e Ricardo Guidi, que era do PSD e foi para o PL, contando com o respaldo do governador Jorginho Mello.

Telinha

Guidi também recorreu à Justiça Eleitoral e conseguiu limitar a participação de Clésio Salvaro nos comerciais de TV e rádio de Vaguinho. A lei permite até 25% do tempo com a presença de outra liderança.
Mas da campanha não há como tirar o prefeito, o grande cabo eleitoral de seu pupilo. Salvaro está acompanhando Vaguinho por todas as regiões da cidade.

Enrosco

Já Guidi, federal, além de Jorginho, deverá contar com Jair Bolsonaro. Ocorre, contudo, que o ex-presidente tem que marcar presença no Sul, bem como os deputados do PL, os dois federais e o estadual e tudo mais. De qualquer forma, é uma eleição enroscada na maior cidade sulista.

Cabo forte

Assim como em Criciúma, em outros municípios, como Blumenau, Balneário Camboriú e São José,  a presença de Bolsonaro será fundamental. Já em Itajaí, Brusque, Palhoça e Florianópolis, naturalmente que o ex-presidente ajuda.
Muito embora, lembremos, a fortaleza do bolsonarismo registrou seu pior desempenho justamente na Capital em 2022.

Incumbência

Jorginho Mello tem a missão de trazer o ex-presidente ao estado. Pelo menos por 24 horas, período suficiente para a realização de uns quatro ou cinco comícios estratégicos. A ideia seria reunir pelo menos 15 candidatos das imediações dos locais onde serão realizados os eventos eleitorais para que Bolsonaro possa, efetivamente, influenciar em favor do PL e das candidaturas liberais na disputa municipal.

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