Tempo urge
A contagem é absolutamente regressiva, estamos há seis dias dos novos ocupantes de cargos executivos, no caso o presidente e vice da República e 27 governadores e seus respectivos companheiros de chapa.
No plano nacional, Lula da Silva tem tempo reduzidíssimo para compor, ainda com alguns partidos de esquerda que estão à deriva e incomodados com os ares de abandono. Destaque para o PDT e o PSOL.
Partidos do Centrão também cobram espaços no futuro governo lulopetista. O MDB, por exemplo, estará na esplanada com até 3 pastas. Pelo menos é o que se projeta pelas negociações até aqui. De qualquer forma, não houve ainda a oficialização. Marina Silva não aceitou o cargo de autoridade climática, que ficaria subordinado à Simone Tebet, o que fez com o presidente diplomado convidasse Marina para assumir o Ministério do Meio Ambiente.
Com isso, a quase ex-senadora pelo Mato Grosso do Sul teria que ser realocada para outro espaço, como as pastas do Planejamento ou das Cidades se a bancada do MDB da Câmara não chegar a um acordo.
Companheirões
Para o Ministério dos Transportes já está praticamente definido o nome de Renan Calheiros Filho. Não bastasse isso, tem também os outros partidos a serem contemplados. Lula da Silva está conduzindo muito mal o processo, com problemas inclusive dentro do PT, partido que está com fome, com sede para ocupar o máximo de cargos possíveis. O líder vermelho ainda não conseguiu fechar as equações.
No governo Bolsonaro, as escolhas foram eminentemente técnicas em um colegiado enxuto.
Toma-lá-dá-cá
No governo que se avizinha é distribuição de cargos, como sempre ocorreu no PT. Além de nomes de baixa qualificação, são nomes sujos, que acumulam detenções, processos, indiciamentos e por aí afora.
Não só o mercado financeiro e o setor produtivo, mas a sociedade civil como um todo está com um pé atrás em relação às escolhas lulistas. A conferir os desdobramentos.
Preocupação generalizada
Uma das principais entidades empresariais de Santa Catarina, a ACIJ, de Joinville, se manifestou sobre o momento atual do Brasil. A entidade lançou nota afirmando que “acompanha com atenção e preocupação as notícias do período de transição em Brasília, especialmente em relação ao aumento de gastos, ao descontrole fiscal e a nomeações com perfil político e não técnico.”
Representatividade
A entidade lembra que representa nada mais nada menos do que 1.700 empresas. As associadas à ACIJ geram cerca de 70% dos empregos da terceira maior economia da região Sul do Brasil (Joinville). “A ACIJ lamenta a forma como a chamada PEC da Transição está tramitando no Congresso Nacional, com pressa e falta de diálogo com a sociedade,” assinala o texto.