Com as trapalhadas do prefeito Fabrício Oliveira, que forçou uma candidatura do PL goela-abaixo em Balneário Camboriú, quem se fortaleceu foi a vereadora Juliana Pavan, do PSD.
Mas já se começa a observar nos bastidores que a polarização entre estes dois grupos pode, na verdade, favorecer uma terceira via, uma candidatura descolada dos problemas e da história da cidade.
Até porque, a parlamentar do PSD é filha de um ex-prefeito, ex-senador e ex-governador em mandato-tampão que, evidentemente, acumula desgaste histórico na cidade. A situação dela pode se complicar nesse viés ainda mais se vier transparecer que Leonel Pavan, candidatando-se na vizinha Camboriú, pilotará a campanha dela em Balnéario e poderá, em caso de vitória da vereadora, controlar as duas cidades.
Já vimos esse filme no âmbito estadual, quando Angela Amin foi candidata governadora. Isso nos idos de 1994. No primeiro turno, ela abriu grande vantagem. Houve, contudo, a percepção popular de quem daria as cartas seria o marido, o hoje senador Esperidião Amin.
No segundo turno contra Paulo Afonso Vieira, a candidatura dela derreteu, perdendo cerca de 100 mil votos por semana nas três semanas finais da corrida eleitoral.
