Moisés da Silva tem tudo para fazer barba, cabelo e bigode no julgamento final do processo de impeachment, marcado para esta sexta-feira, 27, no Tribunal Especial (deputados e desembargadores).
Se já havia um clima bem ameno em relação ao governador afastado na Assembleia, hoje o Tribunal de Justiça decidiu, por 12 a 7, que o aumento salarial concedido aos procuradores do Estado, com aquele nome pomposo de verba de equivalência, é legal.
Este ato de Moisés, ainda em 2019, foi o que embasou juridicamente o processo de impedimento. Tese frágil, por óbvio, mas que ganhou corpo com a absoluto desleixo com que o chefe do Executivo tratou o universo político do estado e do país, porque não dizer, até então.
Ontem, terça-feira, a governadora interina, Daniela Reinehr, publicou um ato suspendendo o pagamento. Decisão administrativa, mas com óbvio viés político visando, de alguma maneira, influenciar o julgamento da sexta-feira.
Salvo alguma reviravolta, Daniela deve retornar à condição de vice-governadora e Moisés, à de governador de Santa Catarina.
foto>Reprodução, TV Globo