O Carnaval foi quente em projeções acerca da eventual eleição suplementar ao Senado em Santa Catarina, partindo-se da premissa de que Jorge Seif venha a ser cassado. O que é muito provável, considerando-se os informes que chegam de Brasília apontando para a pré-disposição dos senhores ministros do TSE. Os motivos dessa vergonhosa cassação, uma vez consumada, já foram objeto de apreciação nesta semana. Também publicamos que Raimundo Colombo não disputará uma terceira eleição consecutiva ao Senado. Só aceita o mandato entregue de mão beijada pela Justiça Eleitoral brasileira. Diferentemente do PSD de Raimundo, o outro segmento partidário tem planos para um possível pleito fora de época. Sim, porque não se imagine que o PSD é um mar de rosas, um partido absolutamente unido. Há a corrente amplamente majoritária liderada pelo deputado Julio Garcia e pelo prefeito João Rodrigues, tendo o preposto Eron Giordani na proa da sigla. A outra ala do PSD, amplamente minoritária, é liderada por Raimundo Colombo. Ala esta que diverge de muitos encaminhamentos pessedistas. Ocorre que o ex-governador costuma fazer cara de paisagem, não se posiciona, não externa divergências. Não vai para o embate.
Oeste
Só que, uma vez cassado o mandato de Seif, não está descartada a candidatura de João Rodrigues ao Senado. Sobretudo se a eleição ficar para 2025.
Risco máximo
Se a disputa ocorrer em 2024, ela seria muito arriscada para Rodrigues. O alcaide chapecoense deixaria de disputar uma reeleição muito bem encaminhada e correria o risco de perder a Câmara Alta, ficando com o pincel na mão.
De carona
João Rodrigues só iria ao Senado respaldado por Jair Bolsonaro, podem contra-argumentar. Mas aí entram outras e várias variáveis como Jorginho Mello, o PL, Carol De Toni e por aí vai.
Realidade
Agora vamos para um fato concreto, isso aí acima está no campo das especulações. Afinal de contas, João Rodrigues é candidato a tudo, essa que é a grande verdade.
Mandando brasa
A mais recente reunião da bancada do MDB, em forma de almoço, teve como prato extra a abordagem de alguns deputados na direção de Antídio Lunelli. Ele poderia ser alternativa do partido na eleição suplementar ao Senado.
Leveza
Os pares do ex-prefeito de Jaraguá sabem do trânsito que ele desfruta junto ao governador Jorginho Mello.
Ligação
Antes de ser prefeito, Antídio esteve na Câmara Federal com Jair Bolsonaro. O então parlamentar retribuiu a visita quando o emedebista era o mandatário jaraguaense. Bolsonaro era apenas um pré-candidato, um presidenciável desacreditado.
Desenvoltura
Recentemente, o catarinense, já como deputado, esteve com o ex-presidente no comitê do PL em Brasília.
Novidade
Antídio ouviu a argumentação de seus pares com relativa surpresa e não teceu comentários a respeito da possibilidade de candidatar-se ao Senado.
Foco
O parlamentar segue focado em seu mandato. Entre os 40 titulares da Alesc, aliás, não há como não destacá-lo. Antídio Lunelli vem tendo uma atuação irretocável tanto nos posicionamentos, discursos, projetos quanto no trânsito nos demais poderes.
Novato
Isso que é seu primeiro mandato de deputado estadual. Mas é nítido que a questão do Senado está mexendo com os vários partidos. No PSD, Raimundo Colombo quer o mandato de graça e João Rodrigues só seria candidato se o pleito ocorrer em 2025.
Vermelhos
O PT obviamente lançará candidato. O nome certamente virá do Oeste. Ana Paula Lima, esposa de Décio Lima, é a única petista entre os
seis parlamentares do PT catarinense (quatro estaduais e dois federais) que não é do Oeste. A bola da vez entre os vermelhos é o deputado federal Pedro Uczai. Evidentemente que outras legendas vão se movimentar neste cenário se realmente a cassação de Jorge Seif se concretizar.