Pesquisa do Instituto Paraná, que hoje tem o selo de credibilidade neste segmento no país, sobre a aprovação das administrações municipal, estadual e federal entre o eleitorado de Florianópolis trouxe uma novidade: Lula da Silva tem maior desaprovação do que aprovação entre os moradores da Capital catarinense. A pesquisa foi encomendada pelo Grupo Barriga Verde, afiliada da TV Bandeirantes em Santa Catarina.
Quando o eleitor foi instado a avaliar as gestões municipal, a cargo do prefeito Topázio Neto; e estadual, sob a batuta de Jorginho Mello, o cenário muda bastante.
A gestão da Capital é aprovada por 74% dos ouvidos pelo Instituto Paraná contra apenas 19% que desaprovam o atual governo de Florianópolis.
Topázio teve 57% nos quesitos ótima ou boa contra 24% que consideram a gestão regular. Apenas 14% acham que a administração municipal é ruim ou péssima. Belos números conquistados pelo atual gestor da cidade.
Passando para a esfera estadual, o cenário também é bastante positivo para o governador Jorginho Mello. Sua gestão conquistou 65,9% de aprovação entre os florianopolitanos contra apenas 26,2% de desaprovação.
Quanto aos quesitos específicos, 50,2% dos entrevistados consideram o governo estadual ótimo ou bom. Somente 19,6% avaliam como ruim ou péssima a administração catarinense.
A notícia ruim da pesquisa é para Lula da Silva, o PT e as esquerdas da Capital. O governo Lula da Silva é reprovado por 48,4% dos moradores de Florianópolis. Outros 45,9% aprovam o comando do petista em nível federal.
A gestão do líder esquerdista é considerada ótima ou boa por 34,3% dos entrevistados. Mas 41,9% avaliam a gestão Lula III como ruim ou péssima.
Vale lembrar que em Santa Catarina, Florianópolis foi a cidade que deu maior percentual de votos a Lula na eleição de 2022. Ele obteve 46,6% dos votos válidos. Ou seja, em menos de cinco meses de governo, Lula da Silva derreteu na Capital catarinense, o que não seria esperado e nem projetado logo depois das eleições.
Péssimo sinal, ainda, para as esquerdas de Florianópolis, que tentam encontrar um nome para a disputa municipal do ano que vem. Por ora, os maiores olhares recaem sobre o deputado estadual Marquito, do PSOL. Resta saber se ele vai conseguir galvanizar o apoio dos demais partidos canhotos, sobretudo o do PT, que não gosta e não costuma apoiar nomes filiados a outras legendas.
O ex-senador Dário Berger, que nunca foi de esquerda, mas migrou no ano passado do MDB para o PSB, aparece com dois dígitos na Capital, considerando-se esta mesma pesquisa, que também aferiu as intenções de votos na Capital. Na estimulada, Dário tem 12,3% da preferência. Número que pode animar o neossocialista a buscar nova candidatura. Ele já foi prefeito de Florianópolis em duas oportunidades.
Mas conseguirá ele, assim como Marquito, formar uma frente canhota para tentar bater o favoritismo de Topázio Neto? O atual alcaide lidera a corrida com 33,4% das intenções do eleitorado na enquete estimulada. Estes dados se referem ao primeiro cenário da pesquisa estimulada. Os demais cenários, aliás, são bem parecidos com o primeiro.
Outro que surge bem para esta altura do campeonato é o ex-vereador Pedrão. Assim como Berger, ele está na casa dos dois dígitos, tendo 10,1% da preferência.
O Instituto Paraná ouviu 772 eleitores de Florianópolis, em entrevistas pessoais, entre os dias 26 a 29 de maio de 2023.