Notícias Últimas

Trabalhadores da Casan sinalizam para greve

A paralisação teve como objetivo principal denunciar o processo de municipalização/ privatização do saneamento que vem ocorrendo em nosso estado. A contratação urgente de novos concursados e uma proposta decente para a realização do Acordo Coletivo de Trabalho também fazem parte das reivindicações.

Nesta terça-feira, dia 08 de maio, os trabalhadores e trabalhadoras da Casan paralisaram suas atividades por quatro horas como forma de protesto às privatizações do saneamento, que vem ocorrendo na forma de municipalizações, em diversas cidades do estado, e em defesa da Casan pública e eficiente.

A categoria também reivindica o fim das terceirizações na empresa e a contratação de pessoal via concurso público, especialmente nas áreas de manutenção e operação, visto que nos últimos meses mais de cerca de 300 trabalhadores se desligaram da empresa e outros 400 devem se desligar até setembro deste ano.

Entre os dias 19 e 27/04 o SINTAEMA realizou cerca de quarenta assembleias regionais pelo estado discutindo estas questões. Devido à gravidade da situação, a categoria, por unanimidade, decidiu paralisar as atividades por ½ dia como forma de chamar atenção da população e exigir do Governo do Estado e da direção da CASAN a tomada de medidas urgentes para equacionar estes problemas.

PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS – ÁGUA É VIDA, NÃO É MERCADORIA!

Em meio a esta política de privatiza tudo de Michel Temer e seus aliados, a CASAN, assim como outras estatais, está seriamente ameaçada de extinção. Além dos serviços de saneamento, áreas estratégicas como educação e saúde também estão sendo alvos da privatização.

Em Santa Catarina, vários municípios estão encaminhando sua saída do sistema CASAN e municipalizando/privatizando o saneamento: Caçador (PSDB), Videira (PSD), Mafra (PSD), Araquari (PSDB), Barra Velha (DEM), Indaial (PSDB), entre outros, estão na eminência de privatizar. Guabiruba (PP), Ilhota (PMDB) e Morro da Fumaça (PP) saíram recentemente.

A privatização e as políticas de concessão de administração das empresas distribuidoras de água retiram delas seu caráter público, negando à água como um direito inalienável e caracterizando-a como um bem passível de negociação no mercado. Água não é mercadoria!

Exigimos que o governador EDUARDO PINHO MOREIRA (MDB) e a direção da CASAN tomem posição firme e lance mão dos instrumentos de governos para defender a CASAN pública, com ações concretas, em contraposição aos projetos privatistas, visto que a maioria dos municípios que saíram recentemente (e/ou estão na eminência de sair do sistema CASAN) tem seus prefeitos em partidos da base de apoio do governo (PSDB, PP, PSD).

AS MUNICIPALIZAÇÕES/PRIVATIZAÇÕES TÊM SIDO UM MAR DE CORRUPÇÃO

As municipalizações/ privatizações vem se demonstrando um verdadeiro mar de corrupção em nosso estado. Vários municípios como Içara, Garopaba, Palhoça, Porto Belo, Barra Velha, entre outros, saíram do sistema CASAN e viraram caso de polícia, tudo por conta da corrupção que envolveu as administrações municipais e as empreiteiras que foram contratadas para operar os sistemas destes municípios. Um jogo de cartas marcadas.

A MUNICIPALIZAÇÃO/PRIVATIZAÇÃO NÃO RESOLVEU O PROBLEMA DO SANEAMENTO AMBIENTAL

Em Santa Catarina, a porta de entrada da privatização da água é a municipalização, que ocorreu (e vem ocorrendo) a pretexto do vencimento dos contratos com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – CASAN. Contudo, nenhum dos municípios que saíram do sistema Casan resolveram o problema do saneamento básico – nem mesmo cidades maiores como Joinville, Itajaí, Lages e Tubarão avançaram nos índices de esgotamento sanitário. Diante do fracasso da privatização, Içara, Garopaba, Porto Belo, Barra Velha, entre outros municípios, retornaram ao sistema Casan e as obras de esgotamento sanitário estão em execução. A POPULAÇÃO PRECISA ESTAR ATENTA A ESSES PROCESSOS.

NÃO A TERCEIRIZAÇÃO, AO SUCATEAMENTO DA CASAN E PELA IMEDIATA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL

Defendemos a contratação urgente de pessoal, via concurso público, para poder continuar garantindo serviços eficientes à população. A não contratação urgente de pessoal implica no sucateamento da CASAN, na queda da qualidade dos serviços prestados e pode servir para viabilizar o desmonte da empresa, principalmente com a política vigente do PRIVATIZA TUDO, de TEMER e de seus aliados.

Reivindicamos:

 

  1. NÃO AO PROCESSO DE MUNICIPALIZAÇÃO/PRIVATIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO
  2. EM DEFESA DA CASAN PÚBLICA E EFICIENTE E DAS DEMAIS ESTATAIS E SERVIÇOS PÚBLICOS
  3. PELA UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO AMBIENTAL – POR MAIS INVESTIMENTOS PÚBLICOS EM SANEAMENTO BÁSICO
  4.  NÃO A TERCEIRIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
  5.  PELA IMEDIATA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL CONCURSADO
  6. POR UMA PROPOSTA DECENTE PARA REALIZAÇÃO DO ACT

foto>Mirian Cruz, RedeComSc, divulgação

Posts relacionados

Greve desrespeitosa e eleitoreira

Redação

Em 2022 ocorreram 836 vazamentos na rede coletora da Casan no Continente, aponta deputado Mário Motta

Redação

Casan disponibiliza pagamento por pix, com código nas faturas

Redação
Sair da versão mobile