Na manhã desta terça-feira (6/2), foi deflagrada pela 3ª Delegacia da Polícia Civil Especializada no Combate à Corrupção (Decor) de Joinville a segunda fase da Operação Profusão. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva em Joinville e São Francisco do Sul. Três pessoas foram presas. Investigação iniciou com informações encaminhadas pelo MPSC.
A operação investiga a prática dos crimes de falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa, envolvendo servidores públicos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mais especificamente da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Joinville.
O MPSC, por meio da 13ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville, participa das investigações desde o começo, pois a operação teve início em elementos colhidos na Operação Lajotas, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPSC no dia 30 de novembro de 2023. Nessa ação, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão.
“Desse modo, ao ter ciência desse possível esquema criminoso, o Ministério Público separou as investigações, remetendo o caso do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para a delegacia de combate à corrupção”, ressaltou a Promotora de Justiça Elaine Elaine Rita Auerbach, titular da 13ª PJ.
Na segunda fase da operação, foram presas três pessoas, dentre elas, um advogado e uma servidora pública lotada no Ciretran, todos com suposta relação direta com crimes como corrupção passiva, corrupção ativa, violação de sigilo funcional e organização criminosa.
A Promotora de Justiça destaca ainda que “pelo que foi apurado, o advogado, juntamente com outro envolvido já preso, exerciam atividades relacionadas a defesas de multas e suspensão do direito de conduzir, de modo que, aproveitando-se do contato ilícito que possuíam com os agentes públicos, beneficiavam-se de informações sigilosas dos condutores penalizados, para que pudesse procurar esses condutores oferecendo-lhes seus serviços ‘jurídicos'”.
Ela ressalta ainda que “para conseguir informações dos condutores, principalmente os números de telefones, eram feitos repasses de valores para a servidora pública que fornecia tais dados”.
Os três presos passaram por audiência de custódia e foram encaminhados ao Presídio Regional de Joinville.
A investigação prossegue, com a análise do material colhido nesta fase, pois além das buscas realizadas na residência e locais de trabalho dos presos, também foram cumpridas buscas contra quatro outros suspeitos de envolvimento no esquema.
No total, na Operação Profusão, já foram presas sete pessoas, estando todas ainda presas preventivamente.
Operação Profusão
A primeira fase da operação aconteceu no dia 30 de novembro de 2023, quando houve o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão e duas ordens de suspensão do exercício de atividade econômica, nas cidades de Joinville e Araquari.
O nome da Operação Profusão, que significa “grande quantidade”, se deu em razão da comprovação de que mais de 100 condutas criminosas foram praticadas pelo grupo criminoso.