Observando o panorama político-partidário catarinense é facilmente perceptível que o União Brasil vai enfrentar sérias dificuldades nas eleições do próximo ano. Aliás, o PSD, igualmente.
Curioso é que os dois partidos estiveram em coligação pela disputa ao governo de Santa Catarina.
Gean Loureiro encabeçou a chapa com dois pessedistas na majoritária. Eron Giordani de vice e Raimundo Colombo ao Senado.
E por que a dificuldade dessa turma, que anda esperneando? Pelo fato destes dois partidos lá em cima estarem alinhados com o governo Lula. Isso mesmo, fizeram e seguem fazendo o L.
Bem verdade que não foi Luciano Bivar quem indicou três ministros na esplanada na cota do UB. Dois são do partido. Ainda se deram ao luxo de apontar um terceiro, que nem da sigla é: Davi Alcolumbre.
Ao fim e ao cabo, deixaram Bivar com o pincel na mão. Aliás, ele costurou a federação com o PP, partido de oposição a Lula, assim como o PL. As siglas estiveram pilotando a campanha de Jair Bolsonaro.
Atravessada
Bivar não conseguiu fechar o conglomerado justamente porque Davi Alcolumbre inviabilizou a federação, o que levaria o partido para fora do governo.
Hã?
Com a permanência do UB e do PSD no governo lulista, PSD que é presidido por Gilberto Kassab, observamos que a turma quer é cargo. Kassab, curiosamente, é secretário de governo de Tarcísio de Freitas em São Paulo.
Canoagem
O governador paulista, que nasceu no Rio de Janeiro, foi ministro de Bolsonaro. Isso ilustra claramente a situação destes partidos, assim como o próprio MDB.
Fetiche pelo poder
O Manda Brasa está com Lula e aqui em Santa Catarina está com Jorginho Mello, eleito na onda Bolsonaro 2. Uma situação dessas não pode dar certo, sobretudo se considerarmos que os catarinenses são conservadores e bolsonaristas.
Vida dura
Estes três partidos devem enfrentar uma dura realidade nas eleições do ano que vem. O que leva a Jorginho Mello a olhar cada vez mais para o PP. Pode ser seu grande parceiro em 2024.
Direita
PP e PL. E não o MDB em Santa Catarina. Essa é a baliza de momento para o governador do estado. Porque está claro à luz da opinião pública que estes três partidos são “perseguidos pelo poder”. Maiores aproximações do governador com esta trinca, UB, PSD e MDB, pode prejudicá-lo, inclusive.
Crescendo
Vamos focar no PSD. É um partido que só perde filiados. No ano passado, o prefeito de São Mguel do Oeste, Wilson Trevisan, bateu em retirada. Pela ordem, este ano, após Eron Giordani assumir a presidência da sigla: Dorival Borga, prefeito de Videira, Adeliana Dal Pont, duas vezes prefeita de São José (quarto colégio eleitoral de Santa Catarina) e o próximo será Raimundo Colombo.
Pequenos
O ex-governador só tem um destino: o PP. Assim como Clésio Salvaro, prefeito e grande eleitor de Criciúma. Ele vai ficar no PSDB? Negativo, o partido está definhando e desaparecendo também.
Biquinho
O PSDB atual tem dois deputados estaduais (um em fim de carreira) e Geovania de Sá só assumiu como deputada federal pela investidura de Carmen Zanotto na Saúde.
Quem?
O PSDB também está desaparecendo. A tendência é que efetivamente tenhamos um fortalecimento do PP e do PL na província. Os dois são oposição ao presidente da República. O presidente Lula.