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Manchete

Trump, a direita internacional, Bolsonaro e o Brasil

Pela segunda vez na história dos Estados Unidos, um presidente derrotado na reeleição disputa novamente quatro anos depois e retorna ao cargo. Com isso, obriga aquele que o sucedeu a devolver o comando da grande potência mundial.

Donald Trump surpreendeu o mundo inteiro com uma vitória esmagadora nos sete estados-pêndulo e ainda ganhando territórios tradicionalmente democratas. Acabou contrariando, vejam só,  todos os institutos de pesquisa e os veículos de comunicação que apenas na última semana começaram a mostrar que a distância se estreitava.

Não só na disputa nacional, o voto direto, como também na queda-de-braço pelos delegados nos estados federados. Em última análise, quem ganha o colégio eleitoral é quem toma posse.

O próprio Trump, em 2016, ficou três milhões e meio de votos atrás de Hillary Clinton. Dessa vez, não. Ele fez barba, cabelo e bigode.

Voz das ruas

Ganhou no voto popular, abrindo uma margem que até ontem estava em cinco milhões de votos. E o que o empresário e agora presidente eleito ganhou além do retorno ao cargo? Impôs uma derrota acachapante ao partido Democrata.

Filme antigo

Feitas essas considerações, vamos olhar para o Brasil. O que houve nos EUA nesta eleição costuma acontecer por aqui. Pesquisas, ah as pesquisas. Muitas vezes sendo manipuladas com o objetivo de vender um retrato diferente da realidade.

Roteiro

Mas, na reta final os números precisam ser ajustados para que a barbeiragem não seja tão grande e a manipulação não fique tão evidente.

Prestígio

Para além das pesquisas, vamos apreciar a questão política. O deputado federal Eduardo Bolsonaro estava lá na festa, na residência de Trump. Foi convidado. Apenas 50 presentes. É uma forma de prestígio sem dúvida nenhuma. Isso é ponto pacífico.

Delírios

Mas daí a imaginar que a eleição de Trump e a sua investidura em janeiro vão representar um algo mais para o retorno de Jair Bolsonaro à Presidência em 2026 soa quase como delírio. É melhor esperar sentado.

Fora do jogo

Primeiro, porque o ex-presidente está inelegível e vai continuar inelegível. Ponto. Mas com o Trump na presidência, vai ter uma pressão via Congresso para que o Supremo  recue dessa decisão, raciocinam os mais afoitos. Ou mais ingênuos.

Mais o que fazer

Até parece que Trump vai ter tempo para isso e que ele vai se arvorar  em um movimento dessa natureza. De qualquer forma, isso representa um reforço para Bolsonaro considerando quem ele vai apoiar em 2026, imaginam outros. Alto lá. Mas quem que ele vai apoiar? Ele deu uma declaração que o candidato é ele.

Reeleição

Imediatamente, Tarcísio de Freitas confirmou permanência no Republicanos e a candidatura à reeleição, empreitada para a qual, aliás, praticamente não tem adversário.

Sem nome

Quem seria o candidato de Bolsonaro? É evidente que a eleição e o exercício da Presidência por Donald Trump não exercerão influência aqui no Brasil.

Alhos e bugalhos

É uma bobagem imaginar que o eleitorado brasileiro vai escolher a direita porque Trump ganhou nos Estados Unidos. Até porque ninguém sabe que reflexos a política econômica do novo presidente terá abaixo da linha do Equador.

Aniquilação

O que é uma realidade é que a direita está avançando no mundo inteiro. Trump nos EUA, Milei recentemente na Argentina, Georgia Meloni na Itália e tantos outros lugares. É sim um sentimento internacional. A esquerda caindo aos pedaços e a direita avançando.

Tripé

Simples assim. E Trump ganhou com essa vantagem toda porque conseguiu sensibilizar três frentes do eleitorado americano: o latino, o negro e o morador rural.

O tamanho da vitória de Trump

foto>Alan Santos, arquivo

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