Fato novo nos bastidores da disputa pela presidência da Assembleia, que a coluna vem acompanhando passo a passo em primeira mão. A iniciativa que pretende dividir o próximo mandato (2017 e 2018) entre PP e PSDB esbarra em desentendimentos internos no ninho tucano. A bronca atende pelos nomes dos deputados Leonel Pavan, segundo vice-presidente da Casa, e Marcos Vieira. Quando o primeiro emprestou apoio ao segundo na corrida pela presidência estadual do PSDB, em 2015, o fez com a garantia de que a recíproca viria para a presidência do Legislativo.
Como a Operação transparência – aquela que acabou impedindo Pavan de candidatar-se ao governo pela tríplice aliança em 2010 – ainda está tramitando no Tribunal de Justiça, existe o temor que ocorra com o tucano o que aconteceu com Romildo Titon. Este foi afastado da presidência a partir das investigações da Operação Fundo do Poço, que colocou o parlamentar do Oeste sob forte suspeição. Joares Ponticelli acabou completando o segundo ano do mandato.
Aberta a brecha, Marcos Vieira resolveu entrar. E Pavan já tem dito a interlocutores que deveria ter apoiado a reeleição do senador Paulo Bauer à presidência do tucanato catarinense. Clima quente.
Quórum
Com os votos de PSD, PSDB, PP e o PT o grupo já teria votos para emplacar o novo comando da Alesc.
Apetite
Eleito presidente estadual do PSDB, derrotando um senador da República, Marcos Vieira agora quer também a outra presidência: a da Assembleia.
Fora da mesa
Os principais articuladores deste processo, que visa a deixar o PMDB bem longe do comando do Legislativo no próximo biênio, que deságua no ano eleitoral de 2018, já estão de olho em uma alternativa que não dependa do PSDB, hoje absolutamente rachado. Os tucanos podem perder o segundo ano da presidência. O primeiro ficaria com Silvio Dreveck (PP).
Banco de reservas
A saída são as pequenas bancadas. Há informações indicando que o grupo conta com cinco votos em partidos menores. É o número exato para substituir os cinco estaduais do PSDB.
Recado
Por outro lado, há quem interprete a busca pelos pequenos partidos na Alesc como um recado direto ao PSDB. Na linha de que “ou vocês se entendem, ou vão ficar a ver navios”.
Vendaval
Da capital paulista, onde fez palestra na Associação Comercial de São Paulo, na manhã de ontem, Raimundo Colombo conversou com os prefeitos de Porto União, Anísio de Souza, e de Ponte Alta do Norte, Sílvio Granemann Calomeno. Todos muito preocupados com os estragos causados pelo vendaval que assolou os dois municípios.
Dois minutos
O prefeito de Porto União afirmou que a tempestade durou dois minutos. “Foi uma coisa inacreditável”, lamentou Anísio. Colombo garantiu aos mandatários que o Estado vai ajudar na recuperação. Nesta terça, Colombo participa de um fórum no BNDES com os governadores do RJ, SP, MG, AL e RS. A pauta principal entre os governadores é a renegociação das dívidas estaduais com a União. Santa Catarina é protagonista nesta cruzada.
Fortalecimento
De passagem por Itajaí, para evento de lançamento da pré-candidatura de Volnei Morastoni a prefeito, Mauro Mariani afirmou que foi um acerto trazer o ex-petista para o Manda Brasa. Segundo ele, a legenda está fortalecida. Recado a Eliane Rebello e seu grupo, que deixaram o partido após a chegada de Morastoni.