Tudo pronto para o impedimento
Depois de levar uma goleada de oito a dois no Supremo Tribunal Federal, na madrugada desta sexta-feira, onde o ministro-cão-de-guarda, José Eduardo Cardozo, além de partidos aliados, pretendia suspender a sessão do impeachment que também se iniciou ontem, o destino de Dilma Rousseff está nas mãos da Câmara. A degola, a menos que haja um milagre, é dada como certa.
Nos bastidores, a oposição já projeta ter pelo menos 360 votos. A saída da petista, observou o deputado federal Mauro Mariani, um dos protagonistas do desembarque do PMDB do governo, abrindo caminho para o efeito manada, “é inevitável.” Dilma e seu governo perderam totalmente a credibilidade. A presidente sequer consegue nomear um ministro. Investidores, empresários, trabalhadores, profissionais liberais. A contaminação da desconfiança é generalizada. O país anda velozmente para trás.
Temer é incógnita
Evidentemente que a figura de Michel Temer é controversa, mas é preciso seguir as regras. E o impeachment é uma previsão constitucional. O governo Dilma acabou! Resta saber se o presidente do PMDB, virtual presidente da República, terá condições de unir segmentos fundamentais da sociedade em torno de um pacto de recuperação do Brasil.
Projeto “terrível”
O deputado Esperidião Amin usou a tribuna da Câmara para falar sobre o PDC 315/2016, de sua autoria, pedindo a sustação dos efeitos do Decreto Presidencial que propôs juros abusivos aos contratos de renegociação das dívidas dos estados e municípios com a União. Amin foi citado pela presidente Dilma Roussef em conversa com jornalistas, esta semana. A presidente criticou as pautas bombas do Congresso. “Uma pauta bomba (que) veio da Câmara (são) os juros simples. Estamos brigando com ele (PDC). Pergunta pro Nelson Barbosa, desde o primeiro dia de 2016. O deputado Esperidião Amin fez este projeto terrível”.
Terrível pra quem?
Amin durante seu pronunciamento questionou: “Terrível para quem? terrível para os que têm ganho dinheiro fácil em cima das unidades federadas? Terrível porque o Supremo Tribunal Federal aceitou por unanimidade a tese de que esta matéria deve ser discutida no pleno, cabe mandado de segurança, e mais do que isto, o decreto presidencial exorbitou.”
PMDB de Chapecó
Na noite de sexta-feira, o partido apresentou os pré-candidatos à chapa majoritária e a nominata de pré-candidatos à Câmara de Vereadores. São pré-candidatos a prefeito ou vice-prefeito de Chapecó pelo PMDB, o deputado federal Valdir Colatto; os empresários João Stakonski e Sérgio Galli; o ex-reitor da Unochapecó, Gilberto Agnolin; e o vereador Cleiton Fossá. Na chapa proporcional, são 30 pré-candidatos a vereador.
Tchau, querida
A sexta-feira já foi utilizada por deputados para a “despedida” de Dilma. Os catarinenses João Rodrigues, João Paulo Kleinübing e Esperidião Amin posaram para uma foto no plenário da Câmara. Os dois primeiros seguravam cartazes, em verde e amarelo, com os dizeres “Tchau, querida.” Já no do ex-governador podia-se ler “Impeachment já.”
União de forças
Ao meio-dia da sexta-feira, o prefeito de Brusque, Roberto Prudêncio (PSD), o deputado Serafim Venzon (PSDB), que tem base na cidade, e o secretário regional, Ewaldo Ristow, assinaram um convênio de R$ 1.250.000,00. Os recursos são para pavimentação e drenagem. Em um momento difícil tanto do ponto de vista político como econômica, fica comprovado que a união faz a força.