Tendo em vista essa circunstância, os partidos políticos em Santa Catarina já estão se movimentando em relação às perspectivas futuras. Alguns lambendo as feridas de um resultado desfavorável; outros festejando e planejando novos movimentos considerando performance exitosa. Há, ainda, aqueles partidos que ficaram ali no meio-termo, num desempenho regular.
Agora, dando uma espiada no noticiário nacional, é possível observar várias apreciações a partir do incidente envolvendo o presidente Lula da Silva, no último final de semana, que até implicou no cancelamento de sua viagem à Rússia.
Saúde
Acidente que o levou ao hospital. O petista levou pontos e precisa de acompanhamento médico. Lula é quase um octogenário.
Sacrifício
A leitura de muitos analistas é de que Lula da Silva só será candidato em 2026 para um quarto eventual mandato no sacrifício.
Sem opções
Isso porque a esquerda e o PT não têm outra alternativa. Ao natural, ela não existe. Porque, tanto dentro do PT quanto fora dele, dos demais partidos de esquerda, Lula nunca permitiu o surgimento de outra liderança.
Fator Dilma
Depois dos seus dois mandatos, o petista escolheu Dilma Rousseff para sucedê-lo em 2010, mas com o compromisso de que, em 2014, ele voltaria. Só que Dilma gostou e foi à reeleição e Lula acabou apoiando. Na metade do segundo mandato, foi apeada do poder.
Lava Jato
Em 2018, Lula foi impedido porque foi preso, resultado da Operação Lava Jato, e indicou Fernanda Haddad. Em 2022, retornou como candidato. O Supremo o liberou, sob o acordo de que o vice seria Geraldo Alckmin, para tentar derrotar Bolsonaro numa grande articulação envolvendo os partidos de esquerda, o establishment, o sistema e sobretudo a Justiça Eleitoral na figura de Alexandre Moraes, que atuou de maneira parcial e tendenciosa a favor de Lula e contra Bolsonaro.
Quem?
Feito esse breve resgate, vamos olhar para o próximo pleito. Quem seriam os nomes? O PT não tem ninguém, a esquerda também não, o problema é que se Lula já não teve vigor em 2022, imagina em 2026, para correr o país numa eleição presidencial. Essa é a grande realidade.
Puro sangue
Especula-se, quem sabe, uma dobradinha entre Rui Costa e Fernando Haddad, reunindo representantes petistas de dois dos quatro maiores colégios eleitorais. São Paulo, o primeiro, e a Bahia, o quarto.
Quem sabe
Ou raciocinar uma aliança com o PSD, que é o partido hoje que elegeu o maior número de prefeituras, entregando a vice para o seu presidente Gilberto Kassab, com Lula na cabeça.
Paulista
Kassab é de São Paulo também. Nesse contexto, Alckmin seria lançado ao Senado para uma das duas vagas pelo PSB.
Musculatura
Essa seria uma articulação para tentar dar força partidária, considerando que o PT fez apenas duzentos e poucos prefeitos em 6 de outubro, mas o PSD mais de oitocentos.
Pois agora
E as implicações disso? Numa eventualidade de entendimento entre petistas e pessedistas no contexto nacional, como ficaria em Santa Catarina? Principalmente considerando que a principal estrela do PSD catarinense, João Rodrigues, se apresenta como um bolsonarista raiz?