Depois de nove meses, a política brasileira vai, literalmente, parir um novo presidente efetivo. Ontem, iniciou a última etapa do processo de impeachment de Dilma Rousseff, que é o longo julgamento da presidente afastada no plenário do Senado. Absolutamente todas as projeções indicam para um placar com mais de 60 votos favoráveis à destituição definitiva da petista.
O clima é despedida. Até mesmo o PT, ao não aceitar a proposta de plebiscito apresentada por Dilma, já deu as costas à ex-guerrilheira. O alto comando vermelho quer ir logo e definitivamente para a oposição de fato a Michel Temer, apostando na candidatura presidencial de Lula da Silva em 2018.
Temer com problemas
O presidente interino, a seu turno, também enfrenta dificuldades. Setores do DEM, como abordamos ontem aqui neste espaço, e do PSDB, ameaçam retirar o apoio congressual ao peemedebista. Justamente porque o partido de Temer atua para aumentar salários de funcionalismo público a partir do reajuste do teto salarial dos ministros do STF, o que criaria mais um absurdo e descabido efeito cascata.
Dois governos
Enquanto os congressistas do PMDB atuam para ampliar a farra financeira, a equipe econômica do governo Temer vai na outra direção, o de aperto total nos cintos, a partir da reforma da previdência, estabelecimento de teto de gastos públicos, aumento de impostos, etc. Até parecem dois governos. Um político e outro econômico. Nesta rota, a colisão é certa.
Reforço no Oeste
O presidente estadual do PMDB, deputado Mauro Mariani, o ex-governador Casildo Maldaner e o coordenador das Eleições, deputado Valdir Coalchini, além dos deputados do Oeste e extremo oeste, Valdir Colatto, Celso Maldaner, Mauro De Nadal e João Carlos Grando, já estão na região desde ontem. Reforçam as campanhas dos candidatos do partido até este sábado.
Maratona
Os líderes do PMDB participarão de comícios, inaugurações de comitê, bandeiraços, caminhadas, visitas à comunidade, entre outros eventos políticos, e farão gravações de apoio para os candidatos.
No vermelho
O maior evento no segmento hospitalar do sul do país, reúne na Capital mais de 700 participantes entre gestores, profissionais da área, autoridades, estudantes e operadoras de planos de saúde. Durante abertura realizada na noite de quarta-feira em Florianópolis, o tom dos discursos deixou claro o momento delicado, de grave crise financeira por qual as instituições atravessam.
Defensoria Dativa
Foi assinado um novo protocolo para pagamento pelo governo do Estado de R$ 8,6 milhões para advogados da extinta Defensoria Dativa. Serão beneficiados 3.420 advogados que prestaram serviços para a população mais carente do Estado até abril de 2013.
Extinta
A Defensoria Dativa, que por 25 anos foi responsável pelo atendimento jurídico gratuito aos cidadãos catarinenses sem condições de pagar por um advogado, não existe mais, desde que sua inconstitucionalidade foi declarada, em 2012, pelo Supremo Tribunal Federal. Em 2013, o governo do Estado criou a Defensoria Pública, órgão responsável pelo serviço de assistência judiciária gratuita à população.