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Um presidente, vários palanques

Em vídeo gravado por apoiadores de Jair Bolsonaro, na já tradicional conversa do presidente com populares em Brasília, a estratégia presencial para 2022 em Santa Catarina está muito clara.

O presidente não vai subir em único palanque no Estado. Declarou textualmente, perguntado se em Santa Catarina seu nome, seu candidato, o seu “cara” seria o senador Jorginho Mello, debate anabolizado pelo quase acerto presidencial com o partido do catarinense, o PL.

Declarou Bolsonaro: “Não sei. Em vários estados tem vários candidatos que são simpáticos à minha pessoa. Eu não posso fechar com A, B ou C e daí ficar aí a ver a navios. Daí a gente busca o consenso, que não é fácil.”

Bolsonaro tem seus rompantes, suas maluquices, mas evidentemente que não queima apoios nem rasga votos. Olhando o cenário catarinense, praticamente todos os pré-candidatos com potencial de votos para serem levados a sério têm ou já tiveram afinidades e proximidade com o presidente.

Raciocínio que vale para Esperidião Amin, obviamente, Antídio Lunelli, embora filiado ao MDB, e Moisés da Silva, que se afastou, mas não fechou definitivamente as portas em relação a Bolsonaro. Relativamente àqueles nomes que correm por fora, podemos incluir nesta lista João Rodrigues e Gean Loureiro.

Não seria prudente, nem inteligente, da parte do atual inquilino do Palácio do Planalto abraçar uma única candidatura por aqui, justamente no estado mais bolsonarista do país.

Evidentemente que Bolsonaro não deve repetir o estrondoso sucesso nas urnas catarinenses em 2022. Mesmo assim, tem tudo para conquistar pelo menos 50% dos votos, o que não é pouca coisa.

 

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