As três maiores bancadas do Senado são, pela ordem, a do PSD com 15 senadores; a do PL com 12 e a do MDB com 10.
Os pessedistas não elegeram essa musculosa bancada. O chefão da legenda, Gilberto Kassab, conhecido por atuar nos subterrâneos, vai cooptando e reforçando o partido no melhor estilo rolo compressor.
Os 15 pessedistas votaram a favor do comunista Flávio Dino para o STF. No MDB, apenas um voto dos 10 foi contra, o da catarinense Ivete Appel da Silveira.
Se o degaste já é brutal agora imagina-se depois que Dino começar a atuar, de fato, entre os 11 supremos. PSD e MDB vão ter que dar muitas explicações. Inclusive aqui em Santa Catarina, especialmente nos grandes municípios durante as eleições do ano que vem.
Desta vez, Jair Bolsonaro vai percorrer as principais cidades em campanha. Do Centro-Oeste pra baixo ele tem muita força.
O PSD tem prefeituras importantes no estado como Florianópolis, Chapecó e Lages. A turma vai ter que se explicar, necessidade que será amplificada por aquilo que se imagina que o comunista vai fazer na Suprema Corte.
E Joinville, onde o prefeito Adriano Silva, do Novo, vai ter o apoio do PSD? Será que esse apoio somará ou pode subtrair considerando-se, ainda que os pessedistas são governo federal, têm confortáveis ministérios na gigantesca esplanada sob Lula III?
