Manchete

Uma nota só

O que se observa hoje no Brasil é um governo estagnado. Senão vejamos. Depois da primeira semana, terrivelmente desastrosa a partir de uma série de equívocos no contexto econômico, levando até empresas estatais a derreterem na Bolsa de Valores, acumulando um prejuízo somado de MEIO TRILHÃO, veio o sacrossanto domingo, 8. Aquele dos “atos terroristas.” Até parece que estamos no Oriente Médio, na Rússia, talvez na Ucrânia em função da dimensão que querem dar aos acontecimentos. Isso foi uma grande bênção para Lula da Silva e seus camaradas.
É de impressionar, muito terrorismo mesmo neste país! O governo embarcou nessa e desviou a atenção para a total descoordenação econômica e a total falta de articulação governamental sob Lula III. Faz uma semana que só falam nisso.
E o governo? Suas ações, projetos, iniciativas? Fernando Haddad já falou em aumentar a tributação dos combustíveis. Alguém se surpreende?
Quem lembra que o candidato Lula prometeu isenção de Imposto de Renda a quem recebe até R$ 5 mil mensais?
Na prática, contudo, já foi anunciada a tunga no bolso de quem recebe até 1 salário mínimo e meio a cada mês. Pela primeira vez na história estes pequeninos estarão nas garras do leão. Faz o L.

Conversa mole

Até quando vamos assistir a essa lorota? Pra onde esse governo caminha? Vão ficar nessa conversa de atos terroristas? Engraçado que em 2017, quando a canhotada detonou Brasília, o que ocorreu? Nada, foi apenas vandalismo. Vergonha pouca é bobagem.

Saída pela direita

Jair Bolsonaro está fora de combate. Deixou o país, no que fez muito mal. A direita tenta se articular após o sumiço de seu antigo líder. Enquanto ele está longe, os dois principais nomes do conservadorismo brasileiro estão se expondo e ocupando espaços. Estamos falando de Romeu Zema, governador de Minas, e de Tarcísio de Freitas, de São Paulo.

Visibilidade

O mineiro, reeleito, começa a ganhar protagonismo e relevância política com posições firmes. O que ele faz muito bem. Uma das mais recentes declarações de Zema foi sobre os tais atos terroristas: “governo fez vista grossa para ser vítima,” assinalou ele. Na avaliação do mineiro, a direita radical foi ampla minoria do vandalismo do dia 8, reforçando a realidade que havia bandidos de esquerda infiltrados.

Marcando posição

Algo que já registramos aqui em outras oportunidades, principalmente no dia 9 de janeiro. Justamente nesta direção que o vandalismo foi obra, em grande parte, de infiltrados canhotos.

Não sabiam

E agora, cara-pálida, como ficamos? A Abin avisou o ministro Flávio Dino, da Justiça, com antecedência sobre o que poderia ocorrer. O senhor Dino nada fez. Mais de 40 órgãos do governo foram informados, ainda, pelo GSI, Gabinete de Segurança Institucional, subordinado diretamente ao presidente da República. Lula da Silva foi informado, obviamente.

Bode expiatório

Mas o mordomo levou a culpa. Ibaneis Rocha, reeleito pelo voto direto como governador do Distrito Federal, foi afastado numa canetada e a Polícia Militar do DF está na berlinda. As demais autoridades estão só apontando os dedos. E lavando as mãos, como sempre, para se beneficiarem.

Ribalta

As coisas vão ficando mais claras e estes dois líderes, Zema e Tarcísio, começam a se destacar.
O mineiro, pelo visto, não terá dificuldade em renunciar ali adiante para disputar a Presidência, projeto que pode ganhar corpo ante este desgoverno cambaleante.

História

Poderíamos, ainda, ter uma solução café com leite, a exemplo do que ocorria nas primeiras décadas do século passado. Ou seja, uma composição entre o mineiro e o paulista, muito embora não se possa descartar que Jair Bolsonaro venha a indicar sua esposa, Michele, para compor de vice de um dos dois.

Ostracismo

A realidade insofismável, contudo, aponta para o ostracismo do ex-presidente e o protagonismo de novas figuras de direita.

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