Acabou de sair a nomeação do novo reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). É o professor Marcelo Recktenvald. O decreto foi assinado no dia 29 pelo presidente Jair Bolsonaro. E passa a valer em 31 de agosto, sábado. A ascensão do novo reitor é emblemática com vistas à condução do ensino superior no Brasil.
A UFFS foi criada pelos governos do PT e era, assim como tantas outras instituições de ensino superior, tocada por petistas. Era um condomínio partidário do ponto de vista da gestão e da ideologia.
Marcelo Recktenvald foi um dos quatro pré-candidatos a reitor da universidade. O único não esquerdista. Ele conseguiu a façanha de ficar em terceiro na votação, entrando na lista tríplice apresentada a Bolsonaro. Daí em diante, entrou em campo, com tudo, a articulação do prefeito de Chapecó, Luciano Buligon. Ele é do DEM, mesmo partido do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, homem muito próximo do presidente da República. Essa triangulação põe fim ao reinado do PT na universidade sediada em Chapecó, a partir de onde agora vem o sinal de que essa será a lógica do novo governo. Onde for possível, Jair Bolsonaro irá mudar os núcleos de poder esquerdista nas instituições de ensino federais. Na prática, começou a “despetização” da universidades públicas, onde deve prevalecer o conhecimento, a pesquisa e a extensão; e não e a doutrinação ideológica!
Pano de fundo
Politicamente falando, a criação e direção da Universidade Federal da Fronteira Sul teve as digitais, desde o início, dos deputados Pedro Uczai (federal) e Luciane Carminatti (estadual).
A ascensão do novo reitor, com as digitais de Luciano Buligon, também é uma derrota política para os dois petistas.
foto de capa>Tadeu Salgado e Cléber Tobias/UFFS