A chamada PEC da Segurança Pública, na verdade, é uma iniciativa do consórcio STF-Planalto para criar uma polícia que possibilite ao governo federal força (efetivo maior do que os das atuais PRF e PF) e amparo legal para intervenção efetiva em qualquer estado da federação.
É mais um passo no avanço do projeto de poder e com viés ditatorial.
Com tal iniciativa, ferem de morte o princípio federativo da autonomia dos estados, desejando criar uma força que alija o exército e as policiais civis e militares dos assuntos relativos à segurança pública ou a ordem interna. Aumentarão muito, se tiverem sucesso, os investimentos num setor que hoje possui estrutura e pessoal suficientes, só não tem recursos para atuar com eficácia.
Usam uma polícia circunscrita às atividades de trânsito (PRF) como instrumento para a criação de uma guarda pretoriana com poderes gerais. Essa que é a grande verdade.
Tudo muito bem pensado para seguir solapando a democracia no Brasil.
Autenticidade
Não seria muito mais lógico e racional a União atuar como um maestro – se a preocupação com a segurança pública for mesmo autêntica – e, no lugar de mais uma polícia, promover a integração e a destinação de recursos financeiros e materiais para as atuais e numerosas polícias estaduais?
Envergadura
Atualmente, o efetivo das polícias Militar e Civil ultrapassa a casa dos 500.000 integrantes! Imagine o caro leitor os custos com novas estruturas, instalações físicas, pessoal, equipamentos, enfim. Estamos falando de um país com as dificuldades e as limitações do Brasil e onde, historicamente, a Segurança Pública sempre foi relegada a um segundo plano.
Padrão
O que surge no horizonte, de fato, é um padrão de polícia comum das ditaduras que, para se perpetuarem, precisam ter a autonomia e proteção proporcionadas por uma forte polícia centralizada.
Ameaça
Lamentavelmente, o torniquete continua a ser apertado na agonizante democracia brasileira. Sempre com o apoio de parte da chamada mídia e “experts” de plantão.
Nada disso
Aliás, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), foi incisivo durante a reunião com seus colegas e o presidente da República. Por exemplo, deixou muito claro que tem autonomia e que não vai mandar instalar câmeras na Polícia Militar Goiana.
Dedo na ferida
O goiano foi bem quando declarou que se partirmos de premissas erradas, chegaremos a resultados errados. Ele também alertou, novamente, para o avanço do crime organizado no Poder Judiciário, no Ministério Público, na política e por aí vai.
Bombardeio
Lula e a PEC da Segurança, aliás, foram bombardeados por vários mandatários estaduais com críticas as mais variadas. Expuseram claramente as intenções por trás da tal PEC, que só agrada ao consórcio e seus apoiadores do submundo.
Blindado
Fez muito bem, portanto, o catarinense Jorginho Mello, que não perdeu tempo de ir a Brasília. Certamente já devidamente alertado com antecedência sobre as pretensões de Lula.
Acompanhe a manifestação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado: