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Urgente: Detran-SC precisa ser complemente reestruturado

Nos últimos quatro anos, o Detran-SC foi dirigido da pior maneira possível. De forma arbitrária e por pessoas alheias ao ramo e, o pior de tudo, absolutamente incompetentes.

Virada esta página sombria da história do valoroso órgão de trânsito do governo catarinense, urge que se promova a estruturação do departamento.

Na gestão que se encerrou em dezembro, além das medidas arbitrárias, desconexas e eivadas de suspeitas na seara administrativa, quase nada foi feito para aperfeiçoar a estrutura física do Detran-SC. Sobretudo no interior, onde o departamento literalmente ficou às moscas.

A herança deixada é nebulosa. As mudanças promovidas no atendimento aos motoristas não trouxeram mais agilidade, mas aumentaram custos para o já sobrecarregado pagador de impostos. Na outra ponta, o que se observa é o abandono e a inoperância.

Nossos conterrâneos do interior, onde se encontra o lastro produtivo do estado, gerador de empregos, de renda e de impostos em Santa Catarina, chegaram a levar 30 dias, algo que ainda se observa, para retirarem suas CNH’s.

Não foi por falta de sugestões e avisos que chegamos a este ponto caótico. A antiga diretoria se fechou, não atendia, não recebia e, consequentemente, não ouvia as vozes da experiência de quem atua junto ao órgão de trânsito há mais de quarenta, categoria na qual me incluo.

Há louváveis exemplos de departamentos de trânsito ágeis, estruturados e funcionais em outras unidades da federação brasileira.

Minas Gerais é um belo modelo. Além da rapidez do atendimento, há seriedade para que os motoristas estejam realmente aptos a estarem nas ruas dirigindo seus veículos.

No território mineiro, as aulas teóricas e práticas ao volante são monitoradas por câmeras de vídeo. A intenção é de que os motoristas só tenham acesso à CNH quando estiverem realmente aptos para tal.

Santa Catarina, infelizmente, foi na contramão. Sob o pretexto de “universalizar” o acesso aos exames médicos, a antiga diretoria tornou o processo cheio de incertezas, credenciando médicos e psicólogos sem a formação necessária para liberar ou não as novas CHS’ ou mesmo autorizar a renovação das já existentes. Além disso, aumentaram os custos para o cidadão, nunca é demais lembrar.

A situação desesperadora do departamento de trânsito certamente foi um dos tantos fatores que contribuiu para o fracasso do ex-governador nas urnas em outubro do ano passado.

Chega de retroceder. A hora é avançar para uma nova era no Detran-SC. Para bem da população e do novo governo.

 

Fernando de Mello Vianna – Médico Especialista em Medicina do Tráfego e presidente da Associação dos Médicos e Psicólogos Peritos Examinadores de Trânsito

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