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Vale a pena comprar em atacadão para driblar os preços altos?

Opção pode ser vantajosa, desde que ponderados alguns critérios

As altas inflacionárias estão refletidas cotidianamente nas prateleiras dos supermercados. Comprar em atacado pode ser uma forma de driblar o aumento dos preços dos produtos e fazer com que o vale-alimentação renda mais. Contudo, é preciso pesquisar qual o tipo de compra mais adequado a cada estilo de vida e de consumo. 

No mercado formal, o desemprego atingiu mais de 12 milhões de brasileiros no final de 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Passando por aumentos consecutivos, a projeção do governo federal para a inflação em 2022, por meio do Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia, é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 6,55%.

Nesse cenário de dificuldades na procura de um emprego e de alta nos preços dos produtos básicos, os consumidores buscam alternativas para poupar e fazer o salário render até o final do mês sem que nada falte à mesa.

Os chamados “atacadões” são redes de supermercados que vendem produtos em maior quantidade e oferecem descontos no valor total. Podem ser uma opção para pessoas com famílias grandes e, principalmente, para a aquisição de produtos não perecíveis.

Outro ponto vantajoso é que o vale-alimentação é aceito em atacadões. Contudo, recomenda-se estar atento às recomendações abaixo na hora de escolher onde fazer as compras.

Avalie se o atacado é a melhor opção

O principal diferencial do atacadão é o esquema dos dois preços, ou seja, os produtos costumam ter um valor se forem adquiridos no varejo e outro quando comprados em grandes quantidades — que é o sistema de atacado. Portanto, o primeiro passo que o consumidor deve seguir é analisar se ele tem condições de consumir em maior número para não haver desperdício de produtos e de dinheiro.

A partir daí, é preciso ter em mente que os produtos que serão adquiridos em quantidade maior são aqueles que não estragam rápido. São bons investimentos alimentos não perecíveis (arroz, feijão, massas secas, fubá, açúcar, leite em pó e farinha de trigo).

Frutas, legumes e verduras, por exemplo, devem ser comprados no número certo para consumo rápido. No caso das carnes, se a ideia for fazer uma compra maior, é necessário ter um freezer para armazená-las.

Outro ponto importante é a distância dos atacadões. Em algumas localidades, eles podem ficar afastados do centro da cidade, e gastos com o tempo de deslocamento em transporte público ou com combustível devem ser contabilizados.

Por fim, considere o tamanho de sua família. Muitas pessoas na mesma casa consomem mais alimentos e produtos. Por isso, vale ponderar se é melhor adquirir vários itens no mercado tradicional ou em quantidade maior no atacado.

Estratégias para economizar

A Serasa elenca orientações para que o consumidor possa poupar na hora das compras. Uma das principais é fazer uma lista de compras antes de sair de casa, limitando quantidade de itens e valor gasto. Ao adquirir apenas o que foi planejado, economiza-se tempo e dinheiro.

Por fim, pesquisar preços de supermercados da região em que mora também é uma forma de conseguir preços melhores. A opção de comprar no atacado é indicada pela Serasa, desde que se avalie o que realmente é possível comprar e que as dicas anteriores sejam consideradas.

Foto: Anna Tarazevich/Pexels

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