Embora vivamos tempos nebulosos e de Lava Jato, há velhas práticas, políticas, e péssimas que não mudam.
Uma delas, que na visão de muitos não passa de compra de votos com dinheiro público, é a contratação de assessores parlamentares, que na verdade são lideranças locais que vão canalizar votos ao patrão. Normalmente, vereadores, suplentes, prefeitos, ex-prefeitos, vice.
Em Lages, por exemplo, a prática se disseminou nos últimos meses. Com políticos de fora contratando cabos eleitorais a rodo para arrumar votos, sem qualquer compromisso com o município.
Cita-se Lages como exemplo, mas ocorre em todo o Estado e no país.
Na outra ponta, vêm as emendas parlamentares, que não raro já vêm casadas com empresas e o compromisso de retorno eleitoral a quem as libera.
De fato, fica difícil para quem não tem mandato, não tem estrutura com dinheiro público, concorrer com suas “Excelências.”
Nas palavras de um empresário vencedor e muito bem sucedido em Santa Catarina, a ópera se resume assim: “As emendas dos deputados federais e a contratação deste povo como assessores parlamentares para cabo eleitoral é mais do que propina.” Pois é.
E a tal renovação dos nossos representantes vai seguindo prejudicada.