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Vereadores criam Frente Parlamentar e vão ao MPF contra atrasos no Contorno Viário da Grande Florianópolis

Descumprimento de prazos pode ser punido com abertura das cancelas dos pedágios

Os vereadores da Grande Florianópolis criaram nesta segunda-feira (2), em reunião na Câmara de Vereadores de São José, uma Frente Parlamentar pela conclusão das obras do Contorno Viário. Com a saída da construtora Camargo Correa do empreendimento tocado pela concessionária Arteris Litoral Sul, eles preveem um novo atraso na entrega da rodovia e decidiram se unir para cobrar mais agilidade e transparência. Eles pretendem levar o caso ao Ministério Público Federal e reivindicar, por exemplo, a abertura das cancelas dos pedágios da região enquanto a obra não esteja concluída.
A proposta de unir as câmaras de vereadores em torno do problema e buscar uma ação enérgica para evitar novos atrasos surgiu na Câmara de São José, quando os vereadores foram informados sobre a saída da Camargo Correa dos canteiros de obras. Segundo eles o ritmo dos trabalhos já é mais lento, embora a Litoral Sul já tenha garantido aos parlamentares, de forma extraoficial, que as obras prosseguem normalmente.
“No dia 19 vamos ouvir novamente a Arteris e a ANTT (Agencia Nacional de Transportes Terrestres) e vamos buscar a presença das demais câmaras de vereadores, por meio desta frente que estamos criando, dos deputados federais, dos senadores, Associação dos Municípios da Grande Florianópolis e governo do Estado. A grande Florianópolis está sendo muito prejudica pelo atraso na obra, que deveria estar pronta em 2012”, comentou a presidente da Câmara de São José, vereadora Méri Hang.
Os vereadores presentes reclamaram muito da falta de transparência da concessionária e do governo federal, por meio da ANTT, em relação à obra. Lembraram que o desacerto entre a construtora e a concessionária existe desde o final do ano passado com impacto no cronograma de obra. Ao mesmo tempo, a informação divulgada seria de que tudo permanece normal. Para os parlamentares, no entanto, o prazo de 31 de dezembro de 2023 não será mais cumprido. Até trabalhadores já teriam sido dispensados. O projeto estaria sendo empurrado para 2030, quando termina o contrato de concessão da Arteris ou para forçar uma prorrogação desse período.
Visita conjunta
Os vereadores, muito embora a obra seja realizada no âmbito de uma concessão federal, prometem apertar a fiscalização da obra, promovendo visitas conjuntas e municiando parlamentares federais e o ministério público. Segundo o presidente da Câmara de Palhoça, Joel Filipe Gaspar, além de todo o atraso ainda há promessas não cumpridas em relação aos bairros da cidade. “Queremos respostas para o cidadão, que é quem mais está preocupado e tem nos cobrado, mesmo sabendo que a obra é federal”, acrescentou o presidente da Câmara da Capital, Roberto Katumi.
O presidente da Câmara de Biguaçu, Lucas Rosa Vieira, lembrou da revolta da população com os danos causados pela obra na malha viária municipal. “Os consertos não são realizados a contento e no ritmo que a população exige. Por isso o que todos querem é que essa obra termine o quanto antes”, acrescentou.
Também participaram do encontro o presidentes da Câmara de Santo Amaro da Imperatriz, Nilto Lehmkuhl, o vice-presidente da Câmara de São Pedro de Alcantara, Odair Luiz Laurentino, e vereadores de São José, Palhoça, e Biguaçu.

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